50 dias, 50 pontos

Os 50 dias do governo Pasin foram lembrados em tom de cobrança por entidades que congregam a indústria e o comércio de Bento. Esta semana, os coordenadores do Viva Bento entregaram ao prefeito um documento que solicita providências às inúmeras demandas do planejamento estratégico do programa não realizadas ao longo de mais de uma década. O oficio, assinado pelos presidentes do CIC, Jordano Zanesco, da CDL, Marcos Carbone, e do Sindilojas, Jovino Demari, lista 48 pontos, entre questionamentos, sugestão de obras estruturais, alterações viárias e ações para a mobilidade urbana, orientações para qualificar a gestão e cobranças para que o governo dê sequência aos projetos iniciados.

O documento é um primor. Ali está contida a pauta principal do debate em torno da solução de problemas históricos da cidade e da organização de sua expansão inevitável. As ligações interbairros, o projeto do VLT, os corredores de ônibus, a onda verde nos semáforos e até o resgate do “elevador funicular” (alguém lembra?) ganha espaço no documento. A criação de um porto seco, o asfalto na pista do aeroclube, museus, a biblioteca pública e o presídio. A continuidade dos projetos da Via Del Vino, do quadrilátero central, o Centro Administrativo, o plano máster da Fundaparque e a Fenavinho são alguns dos pontos listados pelas entidades, que sugerem a criação de uma espécie de “conselhão” ao governo de Pasin. Por consistente, a lista dos pedidos formalizados pelo Viva Bento impõe um novo momento ao governo, decreta o fim dessa espécie de “letargia da crise” que tomou conta das primeiras dúzias de dias do ano e avisa que a quarta-feira de cinzas já passou.

Caos aqui, caos ali

A situação caótica da RSC-470 é insustentável. Até agora, enquanto a comunidade serrana espera pacientemente que um dia o edital para o Crema/Serra seja publicado com êxito, muito pouco foi feito para melhorar a situação da rodovia. Mesmo tendo prometido obras de recuperação para fevereiro, nada aconteceu na 2ª Superintendência Regional do Daer, com sede em Bento. O único serviço realizado no trecho foi a instalação de mais placas de sinalização de quilometragem e nas acentuadas curvas. De acordo com a Superintendência Regional, uma vistoria na estrada foi realizada, e a ordem de serviço para reparos emergenciais deverá ser assinada no início da próxima semana. O problema é que não é apenas o trecho serrano que está com problemas. Os moradores do Vale do Caí engrossam o coro dos descontentes e revelam que há oito anos o trecho da rodovia que passa por lá não recebe recuperação. Ainda que a refederalização da rodovia esteja encaminhada e em avaliação pelo DNIT, o processo deve consumir todo o primeiro semestre.

Explicações plausíveis

A valorização cambial, a perda de competitividade no mercado interno, os incentivos tributários do programa Reintegra – que concede 3% de retorno sobre o valor exportado – e a desoneração do INSS na folha de pagamentos são apontados pelo presidente da Movergs, Ivo Cansan, como razões para o desempenho positivo nas exportações gaúchas de móveis ano passado.

Vulnerabilidade acentuada

Na contramão da média do país, Bento Gonçalves faz parte do pequeno grupo de 13 municípios brasileiros que se tornaram mais vulneráveis à violência juvenil entre 2007 e 2010. O município ocupa a 92ª posição no ranking do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência) e é o único no estado que não reduziu sua vulnerabilidade. O índice, apurado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nos 283 municípos brasileiros com mais de 100 mil habitantes, considerou as taxas de violência a que os jovens de 12 a 29 anos de idade estão expostos: homicídios e mortalidade no trânsito; pobreza, desigualdade socioeconômica; frequência dos jovens nas escolas; e o acesso ao mercado de trabalho.

Mais e melhor

Bento será um dos 80 destinos nacionais e 20 do exterior que vão aparecer nas garrafas da campanha “Quanto Mais Viagens Melhor”, da Coca-Cola Zero no Brasil.  Bento está na lista porque é um dos lugares mais desejados pelos brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis. A previsão é que as novas embalagens sejam encontradas este mês.

Uma difícil audiência

Depois de uma série de adiamentos, a esperada audiência pública em Caxias do Sul para debater o projeto de reativação do trem regional poderá sair na primeira quinzena de abril. Antes disso, o Ministério dos Transportes promete liberar o estudo técnico realizado pela UFSC para estabelecer a viabilidade do ramal que ligará Caxias a Bento, passando por Farroupilha, Carlos Barbosa e Garibaldi. A intenção do governo é disponibilizar o documento tantas vezes adiado para consulta pública na internet em março. A boa notícia é que o ramal regional está entre os 14 trechos comunitários considerados prioritários para receber investimentos. O receio por aqui é que essa demora prejudique a necessária mobilização regional para fazer o trem – para o transporte de cargas e de passageiros – sair do papel para ganhar trilhos.

Ponto

Um total de 434 eleitores vinculados à 8ª Zona Eleitoral pode perder a inscrição na Justiça Eleitoral.

A relação foi divulgada esta semana e dá conta de eleitores que faltaram sem justifica a três eleições.

São 11 em Pinto Bandeira, seis em Monte Belo do Sul e 417 em Bento. Santa Tereza não registrou eleitores nessa situação.

De acordo com o chefe do cartório, Ricardo Abreu, os inadimplentes tem dois meses para regularizar a situação.

Com oito restaurantes na Serra, a rede DiPaolo está em contagem regressiva para inaugurar em março sua primeira unidade em Porto Alegre, no Boulevard Laçador.

A novidade é que a casa não cobrarão mais a taxa de serviço de 10% a partir deste ano. A mudança também será aplicada ao Canta Maria.

 A taxa era opcional, e o cliente poderá continuar pagando, diretamente ao garçom, ou incluindo a gratificação na conta final.

 A intenção do restauranteiro Paulo Geremia é abolir o termo dez por cento dentro das casas. “O cliente terá liberdade de decidir”, afirma.

Está confirmado: a Fimma contará, pela primeira vez, com um estande subsidiado pelo governo da Polônia. O espaço será dividido entre empresas interessadas em prospectar oportunidades de parceira com o setor de madeira e móveis.