O Natal segue sendo a principal data do ano para o varejo, não apenas para os lojistas como também para quem busca uma vaga no mercado de trabalho. Se por um lado a expectativa é de boas vendas, por outro a esperança de poder transformar uma vaga temporária num emprego efetivo acaba sendo um alívio para quem está desempregado. Em Bento Gonçalves, o Sindilojas Regional Bento estima que 30% dos 1.820 estabelecimentos comerciais, ou seja, 546 empresas, abram vagas provisórias nos meses de novembro e dezembro, podendo se estender até fevereiro, atendendo a tradicional demanda do período.

A projeção baseia-se na pesquisa desenvolvida pela Fecomércio-RS que aponta as lojas de vestuário, acessórios e calçados como as que mais estão dispostas a abrir este tipo de vaga. Ainda segundo o estudo, para 39,8% dos estabelecimentos há chance de efetivação após o contrato, o que para Bento Gonçalves representaria a geração de cerca de 200 empregos. Para o presidente do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio, também vice-presidente da Fecomércio-RS, esta probabilidade depende das vendas no período. “Nosso desejo é que as vendas de final de ano aqueçam a economia local, fortalecendo o varejo e, assim, os estabelecimentos comerciais possam incrementar seu quadro de profissionais”, destaca.

A maioria das contratações é para suprir as atividades de vendas com mais de 93%, seguida por caixa e crediário. Sobre as formas de admissões é possível perceber que a reforma trabalhista ainda não surtiu efeitos práticos sobre o comércio. A pesquisa mostra que apenas 2,3% vão optar pelo regime de contrato de trabalho intermitente e 0,5% admitirão terceirizados. A experiência e o grau de instruções aparecem como os principais critérios de seleção, além da disponibilidade de horário.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, em setembro de 2019, o comércio amplo de Bento Gonçalves empregava 6.342 pessoas, sendo 5.675 somente no comércio varejista. Nesses nove meses, 54 novos empregos foram gerados pelo varejo, o que representa menos de 1%, resultado de um cenário econômico pouco promissor.

Fonte: Ascom Sindilojas