A pandemia de Coronavirus que se instalou no mundo motivou uma equipe de pesquisadores independentes a se unirem co m um único propósito: salvar vidas. Composto por profissionais de diferentes áreas, incluindo fisioterapeutas, engenheiros, pesquisadores e empresários, o grupo desenvolveu um ventilador pulmonar de baixo custo e alta confiabilidade, o InVent.

A ideia surgiu a partir de um estudo de mercado e da constatação de que várias cidades do interior do Rio Grande do Sul e até do Brasil não possuem respiradores suficientes para enfrentar a pandemia. Os pesquisadores se reuniram no GPDEV (Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Ventilação Pulmonar Mecânica) para buscar uma solução que tivesse um custo acessível e um alto nível de confiabilidade para atender às necessidades previstas pela OMS e pelo Ministério da Saúde. Profissionais de Bento Gonçalves também integram o grupo, a exemplo do fisioterapeuta Allam Becker e do engenheiro eletricista Bruno Dal Fré.

Os ventiladores são responsáveis por fornecer a ventilação artificial mecanizada que pode salvar vidas em estágios avançados da doença respiratória nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e nas emergências. Os fisioterapeutas, por sua vez, são os profissionais responsáveis pelo monitoramento do paciente que utiliza a ventilação artificial, bem como de sua recuperação durante e após o uso.

Segundo o fisioterapeuta Fabrício Farias da Fontoura, que faz parte do projeto e tem experiência em ventilação mecânica e terapia intensiva, a participação dos fisioterapeutas no projeto é fundamental. “O fisioterapeuta faz parte desse ajuste ventilatório do paciente em ventilação mecânica, conhece muito bem as demandas necessárias e as especificações técnicas que vão dar segurança no momento de ventilar o paciente. Ajudamos os colegas da engenharia a entender os processos fisiológicos envolvidos na ventilação, os aspectos de segurança, a margem de variação das medidas de pressão, volume e fluxo que são necessárias controlar no paciente, bem como qual o modo de ventilação que poderia ser feito e como ele funcionaria, as necessidades de adaptação no que diz respeito ao controle de infecção”, explica.

Ao contrário dos ventiladores (respiradores) tradicionais, o InVent utiliza peças industriais para a sua fabricação e não peças médicas. Hoje, o equipamento está em uma fase bastante avançada na montagem do protótipo com teste mecânico aprovado. Os próximos passos são as certificações por meio dos órgãos públicos e posteriormente, buscar parceiros para concretizar a ideia.

O custo estimado do protótipo é de R$ 5 mil. Para conhecer o detalhamento técnico do projeto, acesse o site inventbrasil.com.br.

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