“Se o tempo sem querer nos envelheceu…
A cada segundo, minuto ou hora nos trouxe
inúmeras experiências!
Que marcaram o tempo com amor e esperança,
que marcaram o vento com preces e presságios”

Ela tem 26 anos, é casada com Leonardo Seganfredo, mãe do pequeno Davi Gabriel Rizzi
Seganfredo, organizadora de eventos, tradicionalista e apaixonada pela vida. Essa é Elisangela Rizzi,
formada em Administração em Recursos Humanos e empresária da Liss’Art Decor.
Sempre acompanhada dos pais, Elisangela cresceu em meio à cultura gaúcha. Dançou, participou
das cirandas de prendas e conquistou cargos no departamento cultural em diversas categorias. Para
ela, o tradicionalismo faz parte da sua vida, é seu maior orgulho, está em cada gesto do seu dia, está
no seu sangue. “Acho que os gaúchos já nascem com esta paixão, mas quem vive e faz acontecer vai
muito além, é algo de alma de entrega”, explica.

Atualmente, Elisangela faz parte do CTG Laço Velho mas também participou dos CTG Gildo
de Freitas, em Porto Alegre e do Grupo Tebanos do Igaí, de Passo Fundo, enquanto morou em
ambas as cidades. “Nunca quis me desligar do movimento mesmo não estando mais em minha
cidade busquei novas casas onde fui muito bem recebida e sempre que retornava a Bento visitava
minha entidade”, conta. Entre rodeios e festivais como Enart, a profissional viajou pelo Rio Grande
do Sul agregando muitas amizades que carrega até hoje. “É uma maneira de crescer em todos os
sentidos para vida e a sociedade”, avalia.

No final de 2013, Elisangela retornou a Bento, voltando a fazer parte do CTG Laço Velho,
foi então que, em 2015, teve a oportunidade de assumir o Departamento Cultural da casa como
Coordenadora. “Este cargo é considerado o coração da entidade é o departamento que faz o elo
de todos demais departamentos como artístico, cultural e campeiro. Também preparamos a gestão
interna para o regional realizando diversas ações sociais, em escolas, lar de idosos, oficinas internas”,
comenta. Assim, ela une suas paixões: o tradicionalismo e sua profissão. “Fazemos este trabalho
voluntariamente, organizo e decoro eventos, realizo o sonho das pessoas”, salienta.

Para Elisangela, as lembranças do pai, Antenor Rizzi, que hoje é patrão do Laço Velho, sempre
atuante e incentivador é o que a motiva na educação de seu filho. “Crescemos participando em
família das atividades tradicionalista, meu filho de 1 ano e 11 meses ama como nós, adora dançar e
montar a cavalo, e penso que é essa é forma de cultivarmos nossa história”, reflete.

Pensando nas futuras gerações a prenda aconselha: “O amor pela tradição não tem limites e,
sendo assim, devemos seguir lutando e acreditando que nossos filhos viverão no Movimento uma
outra realidade, uma realidade menos cruel e mais humana, de condições para se elevar e preservar
os preceitos, que tanto amamos”.