Campanha eleitoral para prefeito, em Bento Gonçalves, pode custar até R$ 1,1 milhão conforme o limite estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral e que foi anunciado nesta semana

Entre os oito municípios mais próximos de Bento Gonçalves, o que tem o menor valor financeiro, por eleitor, para que cada candidato empregue oficialmente na conquista dos votos para prefeito na eleição de 15 de novembro é, justamente, a Capital Nacional do Vinho. Ou seja, conforme o limite estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)cada candidato pode gastar até R$ 159.529,63 na campanha para prefeito, dinheiro equivalente a R$ 1,78 por eleitor. No vizinho município de Santa Tereza, com seus poucos mais de 1.700 eleitores, por exemplo, a campanha, por eleitor, chega a R$ 71,84, mais de 40 vezes o limite estabelecido para Bento.

Os valores máximos a serem empregados na campanha da eleição municipal de 2020 foram divulgados terça-feira, 1º de setembro, pelo TSE. Na resolução do tribunal também foram fixados os limites de gastos para as candidaturas proporcionais. Já para o Legislativo, no que se refere a Bento, cada candidato a vereador poderá gastar até R$ 39.991,41 na corrida pelo voto, ou R$ 0,44 por eleitor do município. Somente em Farroupilha, com R$ 0,21 por eleitor, o valor é proporcionalmente menor.

As cifras estabelecidas para a campanha de 2020 são, em média, 13,92% maiores que os limites vigentes no último pleito municipal, realizado em 2016. A exceção é Caxias do Sul com seus mais de 220 mil votantes e município em que há possibilidade de realização do segundo turno na corrida à chefia do Executivo. Lá, o aumento no limite de gastos por candidato a prefeito subiu quase 60% de 2016 para 2020, chegando neste ano ao teto de R$ 1.831.637,47, sendo R$ R$ 1.308.312,48 para a campanha do primeiro turno, mais R$ 523.324,99 para o segundo turno, se houver.

A discrepância

Os números financeiros do TSE foram reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2016 até 2020, e seguem critérios como o número de eleitores de cada um dos 5.570 municípios do Brasil. Os menores tetos para uma campanha de prefeito equivalem a R$ 123.077,42 e contemplam pequenos municípios como, na região, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza. A discrepância, na região, fica por conta do teto para as campanhas de 2020 em Carlos Barbosa, de mais de R$ 220 mil, e Farroupilha, com teto de R$ 123 mil mas com um eleitorado duas vezes maior.

Quase o dobro

Na Capital Nacional do Vinho a campanha para prefeito pode consumir oficialmente até R$ 1.116.707,41, a se confirmarem nas convenções partidárias as sete candidaturas majoritárias até agora cogitadas. Trata-se de um montante 99,36% maior do que o limite fixado pelo mesmo TSE para as eleições municipais de 2016. No pleito de quatro anos atrás eram quatro candidatos ao comando da casa amarela, cada uma com um limite oficial de até R$ 140.037,31 para investir na campanha. Na soma, um total de pouco mais de R$ 560 mil, mais exatamente um valor de R$ 556.558,17 menor do que o estabelecido para o pleito deste ano.