Após sete meses de espera e desafios logísticos, a Serra Gaúcha volta a contar com um de seus mais importantes trajetos. No sábado, 21, a nova ponte da BR-116 sobre o Rio Caí foi inaugurada oficialmente em uma solenidade que reuniu autoridades federais, estaduais e municipais. O tráfego de veículos foi liberado no mesmo dia, a partir das 17h30min.
Uma estrutura moderna e segura
Localizada no km 174 da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, a nova ponte possui 180 metros de extensão, divididos em quatro vãos. A estrutura tem 13 metros de largura, incluindo duas faixas de rolamento, dois acostamentos e barreiras laterais, oferecendo maior segurança e capacidade.
Segundo o Ministério dos Transportes, a ponte é 1,5 metro mais alta que a anterior e pode suportar até 45 toneladas, atendendo às demandas de tráfego da região. Com um custo de R$ 31 milhões, o projeto foi concluído dois meses antes do prazo contratual, inicialmente previsto para fevereiro de 2025.
Cerimônia de inauguração
A cerimônia de inauguração foi realizada às margens da rodovia, em um palco coberto. O evento contou com a presença dos ministros Renan Filho (Transportes) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), além do governador Eduardo Leite e dos prefeitos Adiló Didomenico (Caxias do Sul) e Jorge Darlei Wolf (Nova Petrópolis).
Durante o ato, houve o descerramento de uma placa comemorativa e o corte de uma fita, simbolizando a entrega oficial da obra à comunidade.
O novo trecho restabelece um importante eixo de conexão na Serra Gaúcha, facilitando o trânsito de moradores, turistas e mercadorias na região. No entanto, o trânsito no km 184 da BR-116, já em Nova Petrópolis, permanece em regime de “pare e siga”, controlado por semáforos. A previsão é que as obras neste trecho sejam concluídas ao longo de 2025.
A Ponte Anterior e os desafios enfrentados
A antiga estrutura, construída há mais de 80 anos, foi severamente danificada em 12 de maio devido às chuvas extremas e à cheia do Rio Caí. Desde então, o tráfego esteve bloqueado, causando impactos econômicos e sociais na região.
A ponte anterior, com 142 metros de extensão, foi implodida em 27 de junho, utilizando duas toneladas de dinamite, para dar espaço à nova construção. A ideia de uma ponte metálica temporária chegou a ser estudada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) com apoio do Exército, mas foi descartada.