Pois é, as eleições terminaram e os eleitos assumirão seus cargos. É assim que funcionam as democracias, mesmo as mais contestadas por quem desconhece o seu verdadeiro significado, como é o caso de muitas pessoas que habitam este País. Por mais inacreditável que possa parecer, por mais “sem noção” que seja já há pessoas falando em “impeachment” da presidente eleita. São os mesmos que distribuem ofensas, agressões, calúnias, difamações, injúrias e, mesmo assim, dizem que vivemos uma “ditadura”. Até e-mails foram encaminhados por essa tchurma de “sem noção” pedindo intervenção militar no Brasil, o que rendeu nota oficial dele. A noticia é essa: “…entre repetidas mensagens de “SOS”, “help” (socorro, em inglês), e “intervenção militar já!”, diversos perfis invadiram postagens normais, que nada têm a ver com política ou eleições, para manifestar o desejo de reverter o resultado da eleição democrática com o objetivo de retirar do poder o que chamam de “comunistas terroristas” do Partido dos Trabalhadores. À tarde, o Clube Militar divulgou nota oficial em que rechaça a contestação aos resultados do pleito democrático, frustrando os opositores radicais do governo”. Esse é o ponto a que chegou o extremismo político-partidário no Brasil. Qual será a sequencia disso tudo? Boa coisa não virá daí, certamente. Mas, o governador do Estado está definido e a presidenta da República também. E agora? O que poderemos esperar para esse futuro próximo? Vou dar a minha opinião, sem partidarismos ridículos. Penso que Sartori terá imensas dificuldades, senão vejamos: brito vendeu estatais no “baratilho” e entregou as rodovias para terminar o governo; Olívio sacou milhões do “caixa único”; Rigotto aumentou o ICMS sobre combustíveis, comunicações e energia elétrica; Yeda vendeu quase metade do Banrisul e buscou empréstimo de mais de um bilhão de dólares para manter a falácia do déficit zero e Tarso, além de não cumprir promessas de campanha, como a retomada do Simples Gaúcho, por exemplo, buscou socorro nos depósitos judiciais. O que fará Sartori para governar? Penso que venderá o que sobrou do Banrisul e continuará sacando os depósitos judiciais. A manutenção das rodovias Sartori continuará fazendo com o empréstimo obtido por Tarso Genro junto ao Banco Mundial e cujas licitações foram emperradas várias vezes. No mais, abacaxi para descascar. Já Dilma, com a vitória, nos poupou de ouvir a ladainha da “herança do governo anterior” que, certamente, viria com Aécio. Ela não poderá dizer isso, tendo que resolver os problemas sem desculpas. A culpa no “governo anterior” ficará com alguns municípios e estados, mas não com o governo brasileiro. Já é alguma coisa.