Doenças ocupacionais são as que estão diretamente relacionadas à atividade desempenhada pelo trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele está submetido. As mais comuns são as Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT), que englobam cerca de 30 doenças, entre elas a tendinite (inflamação de tendão) e a tenossinovite (inflamação da membrana que recobre os tendões). As LER/Dort são responsáveis pela alteração das estruturas osteomusculares, como tendões, articulações, músculos e nervos.

Outras queixas comuns são dores no corpo, hérnias, depressão e problemas no coração são as principais doenças que afastam os funcionários do ambiente de trabalho. Anualmente, isso na última década, foram registradas cerca de 600 mil licenças trabalhistas com duração superior a 15 dias, uma média de 65 licenças por hora, segundo os registros do Ministério da Previdência Social.

A líder no afastamento do ambiente de trabalho é a dor nas costas, responsável por 160 mil licenças anuais. O segundo sintoma mais frequente são as dores nos joelhos, ao afastar cerca de 107 mil funcionários por ano.
Para especialistas, as dores musculares são intensificadas pela falta de atividade física, carregamento de peso de forma incorreta, obesidade e ergonomia inadequada no trabalho. O fumo e a bebida também prejudicam a coluna ao interferir no metabolismo e alterar os níveis de cálcio.

As más condições do local de trabalho e o excesso de serviço são outros fatores que afetam a saúde do funcionário. Sem qualidade de vida e com muito estresse, o trabalhador até pode desenvolver quadros depressivos. Transtornos de humor, em especial a depressão, também são responsáveis pelo alto índice de afastamentos. A doença também pode ter sintomas físicos como dores profundas nas costas.

Para diminuir a incidência de doenças o empregado deve optar por hábitos saudáveis e fazer check-ups regularmente. A empresa também deve contribuir com o bem-estar da equipe.
O certo é, que quanto mais o trabalhador tiver uma vida saudável, com atividade física, evitando cigarro e abuso de álcool, melhor a qualidade de vida será. Não apenas no trabalho, mas também no dia a dia.
Ter tempo para a família e atividades com amigos é importante para um melhor rendimento no trabalho e na vida pessoal. Os exames médicos também devem estar em dia. O que pode parecer uma bobagem hoje, pode se transformar num monstro amanhã.

Se o trabalhador estiver com uma doença ocupacional grave, tem direito a pedir afastamento do trabalho e ingressa no INSS com o pedido de auxílio-doença. Para isso, deve passar por uma perícia médica, que fará a avaliação do quadro da doença. Ele também precisa comprovar que a doença está relacionada ao seu emprego atual e, além disso, pode evoluir para incapacidade parcial ou permanente, podendo ser deferida inclusive a aposentadoria por invalidez.

A saúde ocupacional é uma importante estratégia para garantir o bem-estar dos trabalhadores e contribuir efetivamente para a produtividade, motivação e satisfação no trabalho.