Entre janeiro e setembro deste ano, Hospital Tacchini ampliou o número de doadores efetivos em Bento Gonçalves

O número de doações de órgãos em Bento Gonçalves aumentou em 2018. É o que mostram os dados divulgados pela Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Tacchini. O balanço do período aponta crescimento de 5% no número de doadores efetivos de órgãos. Maior diálogo entre familiares, conscientização e trabalho da equipe da casa de saúde são elencados os principais motivos para o aumento nos processos de doação.

A coordenadora da CHIDOTT, enfermeira Zeni Lazzarini, destacou a eficácia da equipe responsável pelo procedimento de retirada dos órgãos, que, segundo ela, são essenciais para o sucesso do trabalho. “Além de maior conscientização, há o diálogo entre o doador e a família, quando ele tem esse desejo. O trabalho da Comissão também é de extrema importância, a participação da mídia na divulgação, tudo acaba sendo essencial nessa causa nobre que é salvar vidas. Doar órgãos é um ato de amor”, enfatiza.

Ainda, segundo Zeni, em 2017, das possibilidades de doações, a comissão conseguiu obter, em média, 55,6% de êxito. Em 2018, a média chega a 60% de doações. Até o momento, foram 40 doadores de córneas, que totalizaram 80 órgãos, três captações de múltiplos órgãos e um doador de ossos. Realizando projeção do número de transplantes com base nos resultados divulgados, o aumento na doação de órgãos permitirá alcançar maior número de beneficiados, reduzindo assim as filas de espera. “Todo o nosso trabalho está em poder levar a famílias a importância do ato de doar. Sempre temos muito mais pessoas numa fila de espera por um órgão, do que órgãos doados. Então o nosso trabalho deve ser contínuo”, afirma.

Transplantes no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, o país deve realizar 26.400 transplantes. Desse total, 8.690 serão órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e pâncreas rim), registrando recorde em comparação aos últimos oito anos. Na projeção para todo o ano, os transplantes de córnea, no entanto, apontam redução. Esse é reflexo da redução da lista de espera em alguns estados.

Conforme o órgão, a parceria entre Governo Federal e as companhias aéreas também são responsáveis pelo aumento no número de doações e transplantes. Entre junho de 2016 até junho deste ano, a partir do termo de cooperação firmado com o Ministério da Saúde, as companhias aéreas transportaram 9.236 órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, rim e pulmão) e tecidos. Em relação ao primeiro semestre deste ano, houve crescimento de 6% em comparação ao primeiro semestre de 2017, passando de 2.327 itens transportados, entre órgãos, tecidos e equipes para 2.474. Já a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou entre junho de 2016 até junho deste ano, 513 órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, rim e pulmão) e tecidos.