Tem sido uma constante ouvir-se discursos em qualquer solenidade. Normalmente, existe um protocolo em que todas as “autoridades” e, mesmo, quem não é “autoridade” é mencionada, com menção da entidade que representa e o nome. Ponto! Todos os presentes sabem que eles estão lá. Mas, não se sabe porque cargas d’água, os que fazem seus pronunciamentos repetem um a um todos os nomes, cargos, funções e entidades daqueles citados pelo protocolo. Creio, porém, que há uma luz no fim do túnel. Esta semana acompanhei um evento no qual estava presente o Tenente Coronel Guerra, do 6º BCOM e ele, convidado a se pronunciar, foi objetivo: citou “o prefeito e em seu nome cumprimento as pessoas citadas no protocolo”. Simples assim! Terá o exemplo servido? A conferir!

Corrupção não tem nome

A cada dia somos minados por caso de corrupção. Agora são os produtos orgânicos que estão na pauta. Pessoas sem ética, sem moral, totalmente desonestas se valem da boa fé, da credibilidade das pessoas para se locupletarem. Conforme reportagem que foi mostrada em rede nacional de televisão, pessoas, cujo caráter inexiste, compram produtos nas centrais de abastecimento (Ceasa) e os vendem como se fossem orgânicos. Isso vem a se somar a tantas outras falcatruas que são impostas ao povo brasileiro, às pessoas de bem, aquelas que ainda acreditam nas outras pessoas e nas coisas. Mas, certamente, esse tipo de verme não mede palavras para chamar políticos de ladrões. A corrupção, para quem quer entendê-la sem paixões ou seletividade, não tem partido ou profissão na qual seus membros possam afirmar que “o meu não é”. Como e quando irá acabar tudo isso? Não sei, mas o final não será agradável para ninguém.

E tem mais!

Governos e prefeitos estão sendo flagrados por desvios – roubos escancarados – de verbas destinadas pelo governo federal para a merenda e transporte escolar. Quase duzentas prefeituras já foram apontadas por esses desvios do dinheiro público, locupletando-se sem o mínimo constrangimento, mesmo que esse roubo represente a fome de alunos carentes e cuja merenda escolar, não raro, represente a sua única refeição do dia. E o dinheiro destinado pelo governo federal a esses municípios, cujos prefeitos e governadores (seria, talvez, o “merendão tucano”?), bem como seus asseclas, formam quadrilhas, o transporte escolar, quando eles dão “uma colher de chá”, não passam de caminhões precários, com estudantes na carroceria, correndo risco de morte. E esses políticos ladrões, quadrilheiros, chamam outros políticos, de outros partidos, de “corruptos”. Esse é o Brasil de hoje, onde a legislação diz bem como tudo é conduzido.

Vigilância Sanitária

Tem sido noticiado insistentemente as ações da vigilância sanitária em restaurantes no litoral gaúcho. Quase duas dezenas de toneladas de alimentos impróprios para o consumo foram apreendidos. Comentei aqui, na Coluna, essa situação questionando “será que é só no litoral que isso acontece”? Pois bem, esta semana a imprensa de Caxias do Sul noticiou fato semelhante em restaurante da cidade. Isso é motivo de muita, mas muita preocupação. A exemplo da segurança pública e fiscalização de tributos estaduais que estão carentes de pessoal, a vigilância sanitária também está desfalcada, seja no Estado ou nos municípios. Haverá solução? Talvez não neste século.