Um terço dos vegetais mais consumidos pelos brasileiros apresentam resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que divulgou recentemente uma lista dos alimentos campeões em agrotóxicos. Foram encontradas porcentagens de resíduos acima do recomendado no pimentão (91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%), alface (54,2%) e abacaxi (32,8%). “A ingestão de comida com excesso de agrotóxicos de forma prolongada pode causar câncer, problemas neurológicos e malformação fetal”, afirma o endocrinologista Mauro Scharf, do Delboni Medicina Diagnóstica. Ele ensina algumas medidas preventivas para diminuir o risco de intoxicação.

Lave bem os alimentos

A primeira é simples, mas faz toda a diferença: lavar bem as frutas, verduras e hortaliças. O médico explica que a lavagem em solução de vinagre e água, muito utilizada, é eficiente para o controle de vários microrganismos, mas não é eficaz para eliminar resíduos de agrotóxicos, já que grande parte dos agrotóxicos utilizados na lavoura é de uso tópico, concentrando-se, após a aplicação, na superfície do alimento. “Uma forma de eliminar parte dos resíduos é deixar o alimento de molho em uma solução de 1 litro de água e uma colher de sopa de bicarbonato de sódio por 30 minutos”, diz.

Coma frutas sem casca

A segunda dica é, sempre que possível, descascar as frutas, já que é na casca que se concentram a maioria dos resíduos de agrotóxicos. As folhas externas das verduras também devem ser retiradas. “Com sua retirada, a carga mais pesada é eliminada. Porém, infelizmente perde-se também alguns nutrientes e vitaminas”, explica.

Prefira legumes e verduras da época

A terceira dica é dar preferência a frutas e verduras, produtos nacionais e de sua região. “Fora da estação adequada, é mais provável que o alimento tenha recebido cargas maiores de agrotóxicos. E alimentos que percorrem longas distâncias normalmente são pulverizados depois da colheita e possuem um nível maior de contaminação. Nestes casos, escolha outro alimento que os substitua em termos nutricionais”, recomenda.

Fonte: bolsademulher.com