“Quando a inimiga morte ataca, o seu pesar pode ser grande, embora creia na ressureição.”
A morte é uma realidade que fascina e gera medo.

Ao longo da história, a morte sempre foi para todos os povos algo inevitável, e ao mesmo tempo, indecifrável e ameaçadora. A maneira de encará-la influenciou e segue influenciando o comportamento e os valores de cada civilização. O medo de morrer é natural, instintivo diante do desconhecido. A negação da morte, por outro lado, é algo cultural, rejeição da realidade da vida e dos próprios limites.

Para muitas pessoas a morte é um ” ponto final”. Porém, a morte deve ser assumida com naturalidade e esperança. O que não pode ser aceito pacificamente são as realidades, como os casos das guerras, da intolerância religiosa e racial, da desnutrição, da má distribuição dos bens, das drogas e dos descaso com a saúde pública.

Refletir sobre a morte é algo necessário e sagrado. Entretanto, é comum que esta reflexão suscite inúmeros questionamentos. Pessoalmente, uma pergunta que sempre retorna em meu coração é: diante da morte, o que permanece?
A MORTE É O GRANDE MOMENTO DA VIDA, QUE PODE ENSINAR COMO VIVER INTENSAMENTE CADA INSTANTE DESSA VIDA…
O primeiro aspecto é a fé. Cada ser humano deve ter a sua e procurar sempre alimentá-la em sua dimensão e nas diversas etapas da vida.

Outro aspecto é a MEMÓRIA daquilo que foi vivido. Para mim é iluminadora e, ao mesmo tempo, provocante a memória da vida de quem morre. Normalmente o que é lembrado não são coisas grandiosas e complicadas. São sim, as ações simples e pequenas que mais permanecem vivas em nossa memória. Por isso, fica o desafio de buscar construir uma ” bela obra” durante toda a vida. Algo que dê sentido à existência da vida.

Que todos nós tenhamos a graça de trilhar o caminho da vida tendo a certeza que passaremos a nossa vida sempre da melhor forma possível, mas que no horizonte estará um novo amanhecer. Pensemos nisso.