O Gauchinho Bom de Bola mostrou sua simpatia e modéstia habituais em entrevista, depois de agraciado com a medalha Machado de Assis, no evento da Academia Brasileira de Letras pelos 110 anos de nascimento do escritor José Lins do Rego.
-Doutor Gauchinho, com esta conquista o senhor se torna imortal?
-Cara, já fui imortal lá no sul, mas não deu muito certo. E sem essa de “Doutor”. Nunca consultei ninguém… a não ser meu irmão, que é meu empresário (risos).
-Que achou da honraria? Gostou da medalha?
-Maneiro! Mas será que é de ouro? (risos)
-Você sabe por que foi escolhido?
-Porque faço gols de letra, eu acho… E o Luxa e a Páti garantiram o bagulho na carona… (risos).
-Vamos falar um pouco de Literatura. Afinal, são os livros que movem a Academia Brasileira. Que tal o “Menino de Engenho” de José Lins?
-Caraka! Esse “muleke” eu nunca vi. E olha que eu frequento as melhores academias brasileiras e estrangeiras.
-E o Machado de Assis?
-O mano (Assis) não usa machado, isso eu te garanto. Ele resolve numa boa, no “canetaço”.
-Você tem um livro de cabeceira? Qual é?
-É evidente que tenho! O de Contabilidade.
-Como craque, você é um poeta. Concorda?
-Poeta, atleta… menos pateta (risos).
-Por falar nisso… o que acha da ABL?
-ABL… Associação Brasileira dos Ladinos?
-Academia Brasileira de Letras, a que premiou você…
-Claaaro! He, he…Os velhinhos são gente boa, mas o papo…
-Você teve dificuldade de entendê-los?
-Eu, não! Eles é que são surdos…
-A conversa girou em torno de quê?
-Em torno do rango, que estava no centro da mesa. Inclusive, vou te dizer, não era lá aquelas coisas. O feijão de Dona Miguelina (a mãe) é muito mais transado.
-Se alguém disser que essa homenagem foi um tanto esdrúxula, que deveria ter sido concedida ao pessoal da Literatura, das Ciências, das Artes, da…
-Deixa que digam, que pensem, que falem, deixa isso pra lá, o que é que tem? Faz mal ser assim gostoso pra alguém? (batucando numa caixinha de fósforos de cor dourada, made in Orlando).
-Você não ficaria constrangido?
-Olha, velho, já contribuí muito com a cultura. Até emprestei minha imagem para a revista da Mônica.
-É, você tem razão! Para finalizar, Doutor… Desculpe… Gauchinho, deixe sua mensagem aos leitores…
-Mensagem? Já postei no twitter, mas vou repetir: estou alugando minha mansão do Rio pela bagatela diária de R$34.000,00, para o período da Copa. Fui.