Não é de hoje que muitos governos, por ideologia, pensam muito mais no curto prazo, nas próximas eleições, do que na estruturação de um país mais forte, com maiores opções futuras e na redução dos gastos governamentais que é a base da redução da inflação e da taxa de juros. Creio que um pouco disso se está vendo na atual governança federal.
Precisamos de INOVAÇÃO mas parece que muitas ações atuais estão sendo requentadas de anos passados. Muitas ações econômicas são reprises de um tempo que não existe mais, de uma realidade que já passou. PACs disso e daquilo, bolsa disso e daquilo, governos inchados, entre outros exemplos, parecem demonstrar uma realidade que talvez não possa mais conviver com a realidade atual pois são necessárias novas ideias para um novo mundo. Alguns pensam que ainda estamos na era dos dinossauros.
Precisamos REDUZIR OS GASTOS GOVERNAMENTAIS para zerar o déficit público para que haja possibilidade de redução da inflação mais rapidamente e tenhamos uma matriz mais sólida para diminuição da taxa de juros, mas o governo federal ( e até a estadual), está mais pensando em aumentar a tributação do que pensando em solidifica o país. Sei que isso não vai funcionar.
O Brasil apresentou déficit primário recorde para um mês de fevereiro no mês passado. Isso não ajuda na redução da inflação, nem na taxa de juros. E depois passam a culpa para o Banco Central.
Precisamos de INVESTIMENTO direto na geração de empresas, emprego e renda mas ouve-se, de quem não deveria culpar as empresas, que “o privado quer tudo”, que as empresas e a Faria Lemos não aceita um governo de esquerda quando deveríamos apostar cada vez mais na iniciativa privada pois só assim os países se desenvolvem.
O investimento está caindo e isso não é um bom sinal.
Precisamos que grandes empresas brasileiras sejam geridas por profissionais de mercado, SEM INTERFERÊNCIAS POLÍTICAS, mas continuamos ouvindo frases desastrosas buscando interferir na Petrobras, Eletrobras e até na Vale.
Precisamos de uma POLÍTICA INTERNACIONAL que abra mercados, que insira nosso país cada vez mais nos mercados mundiais, reduzindo-se o protecionismo, criando-se acordos bilaterais ou multilaterais com o mundo todo. Mas mataram a ALCA ( Área de Livre Comércio das Américas ) no começo desse século e o governo federal e a França estão sepultando também o Acordo Mercosul-União Européia. Perderemos NOVAMENTE o bonde da história.
Precisamos parar com o POPULISMO dos governantes, isso em toda América Latina ( e outros países ) mas o que se está vendo é mais e mais populistas de plantão querendo colocar suas ideologias à frente da melhoria da qualidade de vida da população.
Brasil, em especial, e toda América Latina precisam rever sua forma de ver o mundo pois precisamos olhar para frente e não ficar atrasados olhando pelo retrovisor. Talvez estejamos desmontando o Brasil e toda América Latina.
Pensemos nisso e sucesso.