Como está a qualidade de vida em Bento Gonçalves? A infraestrutura da cidade é boa? E a agricultura? O solo está sendo bem aproveitado? Essas são algumas dúvidas que podem ser sanadas e repensadas pelo Corede Serra. O grupo, que se reuniu na segunda-feira, 25, coordenado pela economista Mônica Beatriz Mattia, debateu qual a melhor forma de pensar e ver os 39 municípios que fazem parte do programa, nos próximos 15 anos.

A reunião realizada na Capital do Vinho faz parte de uma agenda que abrange três encontros do Corede Serra, um em Bento, que envolve nove municípios, um em Nova Prata envolvendo 16 municípios daquela micro região e o último que irá acontecer na próxima quarta-feira, em Caxias do Sul com sete municípios.

“O evento de hoje integra uma ação que visa complementar a segunda fase do plano de desenvolvimento regional que é fazer uma discussão sobre a situação atual do desenvolvimento regional. Nós já passamos por uma primeira fase, envolvendo um grupo técnico da Universidade de Caxias do Sul, contratado pelo Corede Serra, que tem por objetivo fazer o diagnóstico técnico”, comenta Mônica.

A segunda fase, que aconteceu no Auditório do Bloco A do Campus da UCS/Carvi na segunda-feira, era a análise situacional e para finalizar, serão definidos os macro objetivos regionais e também, será constituida uma Carteira de Projetos. “Após as eleições, será discutida essa proposta com todos os municípios novamente, no sentido de complementar o que foi traçado. A última fase do planejamento significa apresentar a divulgação do plano de desenvolvimento regional destes próximos 15 anos, por meio de publicação virtual e de publicação impressa. Pretendemos fazer isso para dar um embasamento maior nas questões que são debatidas nos encontros”, salienta e coordenadora.

Mônica garante que uma das decisões importantes que o Corede estará tomando nos próximos meses é em relação a forma que irão acompanhar a execução dos projetos, pois o grupo técnico está prevendo que as propostas demandarão recursos do âmbito do estado do Rio Grande do Sul, da União, Internacional e inclusive com recursos do setor privado.

Ela informa também que ainda não começaram a constituir a Cartilha de Projetos, mas garante que pela sinalização já existente, parece haver projetos na esfera da infraestrutura e logística. “Existem planejamentos represados há muitos anos, no quesito transportes e ferroviário, além da questão aérea e hidroviária. Eles já estão ultrapassados e precisamos reavaliar essas questões. Mas temos ações também que irão propor novas estrategias no nível de sustentação e de qualidade de vida, além da sustentação dos empregos e melhorias no bem-estar”, expressa a economista.

A intenção do Corede Serra é contemplar a todas as áreas, por conta disso, Mônica assegura que haverão ações referentes ao setor primário, que preveem a ocupação do solo, pois como garante a coordenadora, muitas regiões já não conseguem mais fazer uma boa utilização do campo, por não haver mais disponibilidade de terras para implantação de algumas atividades tradicionais e portanto, a nova configuração regional consiste em constituir ações que atraiam para região setores de alta e média tecnologia. “Neste sentido estaremos propondo atitudes que visem mudar a cultura do desenvolvimento regional. Nós queremos muito a participação dos setores públicos e privados discutindo os próximos 15 anos do desenvolvimento regional”, finaliza.

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário desta quarta-feira, 27 de julho de 2016.