Uma situação desagradável e preocupante tem chamado a atenção de quem trafega pela rua Avelino Signor, no Barracão. Seja pelo forte odor que paira no ar ou pelo aspecto poluído, a situação do arroio que corta a via tem sido alvo de protesto pelos moradores. Apresentando grandes concentrações de espuma na superfície, provavelmente proveniente de descarte ilegal de fluidos, o problema que é amplamente reivindicado pela comunidade é histórico e, até então, sem expectativa para resolução.

Uma das características do local é o cheiro forte. Um dos moradores comenta que a origem pode ser do esgoto das residências que desce do bairro Vila Nova. “É uma podridão aquele local. Quando chove não dá nem para passar por ali”, afirma Airton Perin. De acordo com ele, na localidade não tem esgoto tratado, e talvez os dejetos estejam sendo despejados na água e com isso poluindo. Já o vizinho ao local revela que tem uma grande concentração de mosquitos. “É possível ver as nuvens de insetos voando. À noite tem que fechar toda a casa”, afirma.

A preocupação referente à poluição é compartilhada pelo responsável por uma hospedagem de cavalos, Eloí José Marco. Segundo ele, o arroio corta as pastagens onde os animais costumam ficar soltos. Marco explica que já realizou pedidos de providências e algumas pessoas até tiram fotos vistoriando o córrego, mas até o momento nada foi resolvido. “É perigoso, apesar dos animais não ingerirem a água que flui pelo córrego, tenho medo, assim como os proprietários”, afirma. Pelo cheiro ser forte até mesmo os cavalos não se aproximam. Um lugar bonito que poderia ser utilizado para se refrescar não pode ser utilizado, em virtude de estar poluído e, consequentemente, causar doenças.

Em algumas situações a espuma se torna tão volumosa que invade as margens e se espalha pelo solo. Segundo relatos, o problema se agrava em períodos de estiagem onde a incidência de chuvas é menor e consequentemente a espuma aumenta e acaba se espalhando. “É triste, não podemos passar perto por causa do cheiro”, ressalta Marco.

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