Os machões de sempre

Não está faltando muita coisa para termos sérios problemas na Copa Amizade. Tenho acompanhado vários jogos e, em quase todos, percebo a presença dos chamados machões de fora campo. Eles ficam bebendo e agitando, xingando a arbitragem e atletas da equipe adversária.

No sábado, 21, no 8 da Graciema, o auxiliar Francisco dos Santos foi agredido com uma pedrada e uma garrafada. O ato foi cometido por um integrante da equipe Tandera. Felizmente, a Secretaria de Esportes agiu rápido e puniu exemplarmente o autor da agressão com dois anos de suspensão. Foi um recado importante para os machões que pensam em resolver tudo na base da violência.

Uma aposta interessante

A decisão de efetivar Júlio César Nunes como técnico do Esportivo é uma aposta interessante. Júlio vem galgando postos no Alviazul. Começou como treinador das categorias de base e passou a ser auxiliar técnico de Luís Carlos Winck, com quem conquistou títulos no Esportivo e no Passo Fundo.

Além da experiência adquirida, como auxiliar, Júlio Nunes é um estudioso de futebol, com conhecimento e capacidade para dar palestras e ministrar cursos. Acredito que esteja preparado para a função. Afinal, tudo tem sua hora certa. Acho que a dele chegou.

Da teoria para a prática

Todo o conhecimento adquirido ao longo destes anos, na beira do gramado, na universidade e nos cursos específicos credenciam Júlio Nunes a fazer um bom trabalho a frente do Esportivo. Esta é sua grande chance no futebol profissional. Até então, ele orientava os trabalhos em alguns treinamentos e era o conselheiro número 1 do técnico.

Agora, a conversa é outra e bem diferente. Nunes terá a oportunidade de colocar tudo aquilo que teoriza em prática. Vai ter o poder de decisão e ver, de forma concreta, se tudo aquilo que acredita e ensina em seus cursos pode dar resultado dentro de campo.

Claro que outros fatores irão influenciar para que suas teorias deem certo. Como a ideia do Esportivo é montar um time com uma defesa experiente e um ataque formado por jovens, fica difícil exigir títulos do treinador. Mas a oportunidade surge como uma chance para Júlio Nunes avançar na carreira.

Tenho certeza que ele sabe que, se fizer um bom trabalho, pode manter-se no cargo para a disputa da Série A ou da Divisão de Acesso em 2015. Mas ele terá que trabalhar muito para chegar a este objetivo. A ele resta olhar o copo meio cheio.