Um levantamento inédito realizado pelo Conselho Nacional de Justiça, em parceria com o Departamento Nacional (Depen) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mostra que o custo médio de cada preso ao Estado chega a R$ 1.974 no Rio Grande do Sul. O estudo mostra que os valores no Brasil podem ficar em R$ 955, como é o caso de Pernambuco, podendo chegar a R$ 4,2 mil em no estado do Tocantins.

Os dados levam em conta despesas como salários dos agentes e outros encargos, transporte, material de limpeza, água, luz, telefone, lixo, esgoto, itens de higiene, além de alimentação, atividades educacionais, recursos de saúde, entre outros. As informações foram retiradas da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com os dados, no Rio Grande do Sul, o custo médio de alimentação gasto com cada preso chega a R$ 178. Já o custo com material de higiene, vestimenta, colchões e material de limpeza alcança, em média, R$ 18 por detento.

No Brasil, o custo médio para manutenção de um preso fica em R$ 1,8 mil, abaixo do que é registrado no Rio Grande do Sul. De acordo com o último levantamento do Monitor da Violência, que reúne o número de detentos, contando os que cumprem pena em regime aberto e também as carceragens da Polícia Civil, a comunidade presidiária chega a 750 mil no país, ou seja, o gasto mensal para manutenção dos presos ultrapassa os R$ 1,35 bilhões.