Com o aumento da criminalidade e a recente onda de assaltos percebida em Bento Gonçalves, a busca por alternativas de segurança é uma realidade entre os comerciantes e lojistas da cidade. Para tentar diminuir esses números, ou mesmo inibir esses crimes, a alternativa tem sido a segurança patrimonial privada.

Algumas empresas do setor, inclusive, já sentiram os resultados do aumento na procura. De acordo com o gerente operacional da Inovar Vigilância Patrimonial, Ricardo Neves, houve um aumento nas instalações de alarme e monitoramento. “Não temos dado conta de instalar tantos equipamentos. Já temos clientes agendados até o próximo mês, para dar conta de suprir a demanda”, afirma.

Além disso, Neves relata um aumento na procura por vigias e vigilância ostensiva, com realização de rondas nas proximidades. “Uma loja no Centro solicitou a permanência de dois seguranças em todo horário comercial, desde a abertura até o fechamento das portas”, explica. Segundo ele, as farmácias – alvo constante dos criminosos – têm procurado os serviços da empresa. De acordo com ele, é importante também que solicitem mapeamento completo do setor onde os equipamentos serão instalados.

De acordo com Marcos Carbone, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Bento Gonçalves, diversas medidas já estão sendo tomadas para solucionar o problema – com destaque para a reunião realizada na semana passada, que reuniu entidades, órgãos e agentes de segurança pública, além dos lojistas, para discutir a questão.

“Apesar dos esforços da Brigada, Polícia e Poder Público, muitos lojistas sentem, ainda, a necessidade de investir em mais mecanismos de segurança para seus comércios, com objetivo de coibir atos criminosos como os que vêm acontecendo na cidade”, ressalta.

Os empresários estão buscando a instalação de circuitos internos de monitoramento, contratação de vigias, além da reestruturação interna de seus estabelecimentos, para eliminar pontos de vulnerabilidade. “Existe, sim, um movimento de diversos comerciantes no sewntido de buscar mais mecanismos de segurança”, admite.

Carbone registra, ainda, a importância de os lojistas revisarem seus estabelecimentos, para protegê-los da incidência de roubos e furtos. “A Brigada oferece uma consultoria que ajuda a identificar pontos de vulnerabilidade e as alternativas para saná-las, o que dificulta a ação de delinquentes”, explica. O serviço está disponível mediante agendamento.

Segundo ele, deve haver cobrança dos órgãos competentes para uma melhor aplicação das verbas em favor da comunidade, mas que a comunidade não pode se omitir diante das ações colaborativas que são, também, de responsabilidade de cada um. “Quanto maior o envolvimento do comércio, mais seguros estarão os estabelecimentos”.

Por outro lado, cita que, quando o empresário precisa investir em mais segurança, há uma redução de verba existente para aplicar em ações da empresa como inovação, qualificação e ampliação de estrutura. “A falta de segurança causa prejuízos que não se podem medir ou reparar: os danos psicológicos e os efeitos diretos sobre as vítimas e familiares”, finaliza.

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