Segunda-feira, dia 19 de agosto, completou trinta e cinco anos a publicação da minha coluna no Jornal Semanário. No longínquo 19 de agosto de 1978 substitui Edson Jorge Cechet – hoje um renomado magistrado – nas páginas do Semanário. Chegar a essa longevidade opinando de forma absolutamente independente em um jornal não é tão comum assim. E isso me orgulha muito. Meu muito obrigado ao Henrique Alfredo Caprara e a todos os funcionários do Semanário por essa convivência fraternal. Mas, nesta segunda-feira aconteceu uma importante reunião na Câmara de Vereadores. A presença de Ademar Petry, presidente da CICS/SERRA, apresentando a atuação da Entidade junto ao governo do Estado mostrou a importância dela para Bento Gonçalves. Petry discorreu sobre as ações visando a melhoria das condições das rodovias da região da serra, bem como sobre a busca de solução para o criminoso problema do Trevo existente na RST-470 e RS-453 (Telasul). Claro que Ademar Petry e a CIC/SERRA sabem que é absolutamente necessária ação política nisso tudo. Pena que a representatividade política de Bento e região é ZERO há muito tempo. Mas, a esperança é a última que morre, certo, Petry? Então, vamos crer que algo possa acontecer. Por outro lado, a participação do Secretário do Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor, atendendo solicitação do vereador Moacir Camerini, também foi de extrema importância. O Secretário Signor deu explicações sobre a poda de árvores urbanas – que Camerini classificou como “o massacre da serra elétrica” -, justificando algumas mais radicais. Entretanto, o pronunciamento forte do Secretário do Meio Ambiente foi referente ao transbordo do lixo urbano de Bento Gonçalves. Signor fez denúncias gravíssimas sobre o “lixão” que foi instalado ali, atribuindo responsabilidade ao governo Lunelli. O Vereador Camerini se insurgiu contra a acusação, da mesma forma que a Vereadora Neilene, e solicitou a instalação de uma COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO para apurar as denúncias. Pois entendo que, diante da gravidade de tudo o que foi exposto, o MÍNIMO que a população pode esperar é uma CPI que esclareça tudo sobre o transbordo e suas implicâncias, bem como sobre as mais de oitocentas toneladas de lixo que o Secretário afirmou terem sido retiradas dali este ano. A população, que pagou a conta e ainda pagará muito mais, tem o direito de saber tudo o que, realmente aconteceu. Por isso, não vejo como os demais vereadores possam se omitir de criar, imediatamente, a CPI solicitada pelo vereador Moacir Camerini. A menos que exista algo ou que possa haver “interésses” outros, a CPI deve ser instalada urgentemente. Ou alguém não gostaria de vê-la funcionando e apurando responsabilidades pelos crimes ambientais provocados pelo transbordo, conforme denúncia do Secretário Luiz Signor? Então, prezados vereadores, é para quando a CPI do transbordo?