Mês passou número de positivados de dezembro, considerado o pico da pandemia. Taxa de mortes em decorrência da doença caiu 34%, em comparação com março

Um levantamento feito pelo Jornal Semanário, com base nos boletins epidemiológicos da prefeitura, aponta que o mês de abril bateu o recorde do número de casos confirmados com Covid-19 em Bento Gonçalves, desde o início da pandemia: 2.263. Até então, dezembro havia atingido o pico com 1.920.

No entanto, o índice de óbitos em decorrência da doença caiu de 47 para 33, em comparação com março, o que corresponde a 29,8%. Em coletiva de imprensa, na quinta-feira, 29, a diretora técnica do Hospital Tacchini, dra. Roberta Pozza, avaliou o mês de abril como positivo. “Progressivamente o período de fevereiro foi o maior pico de atendimentos na porta de urgência, internação e uso de leitos críticos. Tivemos um impacto em março. Em abril, a gente observa uma redução de números de novos casos internando e uma diminuição de acometidos precedido de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O que pode acontecer é que esses pacientes, que entraram em fevereiro, podem ter a saída em março ou abril, e é nesse momento que contabilizamos. Em termos de comportamento, gravidade e impacto da doença, o vírus se comportou da mesma forma”, sublinha.

Outro dado importante na avaliação do cenário atual da pandemia é a ocupação de leitos de UTI. Conforme a atualização nesta sexta-feira, 30, da Secretaria Estadual de Saúde, a taxa está 108,88%. Dos 45 leitos disponíveis, 49 estão lotados. São 26 pacientes não Covid, um suspeito com a doença outras Síndromes Respiratórias Aguda Grave (SRAG) e 12 confirmados para o vírus.

Terceira onda

Ainda na coletiva de imprensa, o superintendente do Tacchini, Hilton Mancio, acredita que, por meio de observação do cenário externo e análise de instituições confiáveis, o Brasil passe por uma terceira onda. “Temos um relatório da Área Inteligência do Exército que projetou uma terceira no país para o final de maio, início de junho. Porém há um ponto diferente: terão mais pessoas vacinadas, então há uma tendência que a curva seja menor. A velocidade e a quantidade de pessoas vacinadas contribuirão com a intensidade da onda, diferente do que aconteceu na Europa”, pontua.
Mediante isso, Mancio destaca que a casa de saúde está se preparando. “Temos o processo e importação de medicamento, cuja previsão de chegada é 15 de maio, com isso aumentamos a quantidade do estoque. Estamos tomando as precauções necessárias para fazer o enfrentamento”, reitera.

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