Inacreditável o que se vê acontecer nesse Brasil de hoje. Movimentos, protestos, manifestações diariamente. Ódio, agressões, ofensas, injú- rias, calúnias, difamações fazem parte do dia a dia nas redes sociais da internet. A imprensa podre que temos, que antes era informativa, se tornou político-partidária. As pessoas estão se tornando intolerantes, agressivas e, não em raros casos, violentas. Mas, por que isso tudo está acontecendo? Simples! Nossa legislação é permissiva, pífia, superada, dirigida, protege os que agridem, ofendem, injuriam. Vejam o que se tem verificado nas manifestações promovidas por alguns grupos de extremistas – remunerados por petistas e antipetistas, de acordo com seus absurdos projetos de poder -, notadamente nas redes sociais.

Contra o quê, mesmo? II
Algumas dessas “organizações” que criaram páginas, sites ou blogs na internet disseminam mentiras fantásticas nas redes sociais. E os “sem noção”, que sequer se dão ao trabalho de conferir tais “informa- ções”, se tornam inocentes úteis repassando e até dando “abalizadas” opiniões a respeito do que veem. A esmagadora maioria do que circula, petista ou antipetista, não tem o mínimo respaldo fático, nem mesmo um resquício de credibilidade para pessoas de mediana inteligência ou minimamente informadas. Mas, são essas que protestam, vão para as ruas, vestem camisas ou adereços pertinentes “à causa que defendem”. A maioria, repito, desconhece tudo, mas, tal quais bois num estouro de uma manada, acompanham o ou os líderes.

Corrupção? Qual?
Contra o quê protestam nas ruas ou nas redes sociais? Percebe-se rapidamente que é “contra a corrupção”. Mas, sem necessitar muita acuidade, se vê que é contra a “corrupção do PT”. Interessante, não? No mínimo, pode-se dizer que se trata da ética, da moral e da honestidade seletivas, ou seja, “destrua-se a corrupção”, porém só a do PT. Alguns chegam ao absurdo de dizer “é, mas são eles que estão no poder agora”, absolvendo todos os partidos recheados de ladrões e corruptos que estiveram ou estão no poder, basta não ser o PT. Já os petistas radicais dizem, cheios de razão, que “os outros roubaram antes e mais do que agora”, como se isso fosse justificativa plausível.

Qual a solução?
Penso que há, sim, uma solução. Só que os corruptos e ladrões que habitam todos os partidos não a aceitariam jamais, senão vejamos. Imaginem que se acabe com todos os partidos políticos e se criem somente três, o que está no poder, o opositor e outro “muito antes pelo contrário”. Está é a única forma de se definir, concretamente, quem está a favor ou contra a corrupção. Obviamente, com essa politicanalhada que aí está, submissa aos “donos do Brasil” (empreiteiros, banqueiros, usineiros, ruralistas, rentistas, ruralistas e a chamada “grande imprensa” que dá respaldo aos corruptos de todos os lados), isso não acontecerá jamais, pois três partidos apenas dificultariam suas ações sub-reptícias, inconfessáveis.

Fazer o quê, então?
Aqui reside o maior problema. Sim, porque entendo que a única forma de se resolver isso tudo é quando o povo brasileiro tomar plena razão de tudo, sem paixões partidárias, sem adesismos, com honestidade, ética e moral (e tudo isso não é virtude, é dever de qualquer pessoa) passar a cobrar de todos os políticos idênticas posturas. Porém, ao se observar o que acontece diariamente, com gente furando filas, sonegando impostos, enganando os outros, desrespeitando as mais basilares leis e regras de trânsito, cometendo pequenos ou grandes atos de corrupção, dá para desanimar e pensar, com convicção, que Rui Barbosa tinha absoluta razão ao pronunciar a famosa frase: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir- -se da honra e a ter vergonha de ser honesto. ” É assim que muitos brasileiros se sentem hoje: envergonhados