Um dos grandes dilemas das mulheres está vinculado ao ciclo reprodutivo e, claro, à menstruação. Escolher qual o melhor método contraceptivo não é uma tarefa fácil e requer bastante cuidado. Se você pretende abandonar os anticoncepcionais hormonais, confira, a seguir, algumas dicas de especialistas.

Deixar os métodos contraceptivos com hormônios é uma decisão que pode, sim, trazer benefícios à saúde da mulher. De acordo com ginecologistas, as principais vantagens são a redução do risco de eventos cardiovasculares e a não interferência na libido. A paciente ainda passa a ter menos reações inflamatórias no corpo, a perceber melhoria nas celulites, a reduzir a retenção de líquidos, a diminuir o risco de varizes e também o de trombose.
No entanto, a escolha também pode trazer malefícios e é importante estar ciente disso. As desvantagens são o menor controle do ciclo menstrual e eventos desagradáveis que podem acompanhar a menstruação, como cólicas e sangramentos excessivos. Podemos citar, ainda, os efeitos dermatológicos de muitos anticoncepcionais hormonais que não teremos com métodos não hormonais.

De acordo com os especialistas, a eficácia desses contraceptivos é variável, pois depende do uso que a paciente faz. Os métodos comportamentais e o diafragma, mesmo se usados corretamente, têm índice de eficácia menor que os outros. Já o preservativo tem eficácia semelhante aos métodos hormonais, se usado de forma correta.
Outro ponto importante é a necessidade de combinação de métodos. A camisinha sempre deve ser usada, independente do método anticoncepcional que foi escolhido, com ou sem hormônios. Todos esses métodos previnem a gravidez, mas não o contato com doenças sexualmente transmissíveis, como HPV, HIV e sífilis.

Entre os métodos comportamentais, estão:

Tabelinha: consiste em evitar o coito no período fértil, levando em conta que o dia da ovulação acontece exatamente na metade do ciclo. A principal falha é errar o cálculo e acabar mantendo relações no período em que deveria haver abstinência.
Coito Interrompido: é o ato de evitar a ejaculação dentro da vagina. O principal motivo de falha é que, antes da liberação do esperma, o homem pode liberar um líquido rico em espermatozoides, além da possibilidade de iniciar a ejaculação antes da interrupção.

Entre os métodos debarreira, estão:
Preservativo (masculino e feminino): funciona envolvendo o pênis ou “forrando” a vagina em uma estrutura tubular flexível, geralmente de látex. Para quem tem alergia ao material, já existem no mercado preservativos feitos de outros componentes.

Diafragma: é um dispositivo flexível, de látex, que é colocado dentro da vagina e fecha o canal do colo do útero, impedindo que o sêmen chegue até ele. Precisa ser indicado pelo ginecologista, porque existem vários tipos e tamanhos e é preciso medir o ideal para cada mulher. O diafragma não deve ser utilizado durante o período de sangramento menstrual e não é a melhor opção para mulheres virgens, portadoras de qualquer doença no colo do útero e nem para alérgicas ao látex.

Dispositivo intrauterino de cobre: o dispositivo é feito de cobre, normalmente em forma de T, e é colocado no interior da cavidade uterina, onde age como método contraceptivo ao liberar cobre por sua estrutura e tornar o ambiente hostil aos espermatozóides. Depois de uma semana de sua colocação, é preciso fazer um ultrasom transvaginal, para verificar se ele está bem localizado – e é importante repetir o exame anualmente para se certificar de que ele continua no lugar certo.

Fonte: mdemulher.abril.com.br