O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom) começa 2016 conseguindo um aumento antecipado de salário em 5% para os trabalhadores das indústrias de móveis. O presidente da entidade, Itajiba Lopes, enfatiza que em meio às dificuldades presenciadas em 2015, o sindicato optou por começar 2016 de forma positiva conseguindo um adiantamento de aumento em 5% para esta categoria.

Lopes afirma a importância de se começar o ano com mais ânimo, assim as expectativas tendem a aumentar e as possibilidades de 2016 ser melhor do que 2015 também crescem. “Esse aumento ajuda a dar mais ânimo para os trabalhadores. Os primeiros meses do ano são marcados pelos gastos extras e pelo salário reduzido devido às férias coletivas. O aumento deve ajudar os trabalhadores a ficarem mais tranquilos e terem mais esperança em 2016”, justifica.

Apesar das dificuldades de 2015, o presidente do sindicato enfatiza a necessidade de se manterem as boas expectativas, o pensamento positivo e o trabalho contínuo pensando em melhorias. “No primeiro semestre ainda devemos sentir alguns reflexos. Entretanto, acreditamos que, a partir do segundo semestre, já começaremos a verificar melhoras. Precisamos estar confiantes”, estima.
As boas estimativas para 2016, entretanto, não se devem apenas à necessidade de se pensar em crescer. O presidente do sindicato lembra que 2015 não foi o melhor ano, mas que Bento Gonçalves pode celebrar a estabilidade que conseguiu atingir nos indicativos na maioria dos setores econômicos. “Este ano foi difícil, como todos já sabemos. No entanto, acredito que Bento Gonçalves ainda possa comemorar, já que os índices de desemprego não foram tão altos se compararmos com os de outras cidades. Além disso, o número de demissões na cidade não foi tão superior ao de 2014, por isso acredito que conseguimos manter uma média e ordem na economia do município”, explica.

Entre outras conquistas do Sitracom, Lopes destaca o fechamento das duas convenções coletivas e do ganho real atingido para o salário dos trabalhadores do mobiliário e da construção civil. Em tempos de crise, ele adianta, fechar acordos salariais se tornam tarefa difícil. Outro ponto que pode dar ainda mais ânimo para os funcionários destas categorias é que as demissões não devem ocorrer como em 2015. “As empresas já fizeram as demissões que tinham pra fazer. Os empresários estão trabalhando com um quadro tão reduzido de funcionários que acredito que seja difícil as demissões aumentarem no que vem”, completa.

Contudo, o presidente do sindicato lembra a importância da preparação profissional, das qualificações que os empregados precisam fazer para se manterem atualizados no mercado de trabalho. “O mercado está cada vez mais competitivo e, em um ano como 2016, vai se sair bem quem estiver mais preparado. Não é porque o número de demissões deve diminuir que as pessoas podem se acomodar. Os funcionários e empresários precisam trabalhar juntos para crescer juntos”, finaliza.