Um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mostra que, pelo menos quatro rodovias que cortam a região tem seu estado de conservação considerado regular ou péssimo. Os dados foram apresentados na quarta-feira, 29. Conforme os dados, a classificação do estado geral compreende três características da malha rodoviária: pavimento, sinalização e geometria da via. Levam-se em conta variáveis como condições do pavimento, das placas, do acostamento, de curvas e de pontes. O estudo analisou mais de 11,5 mil quilômetros da malha rodoviária do país. 

De acordo com o levantamento, das quatro rodovias da região (BR-470, RSC-453, ERS-122 e ERS-446), pelo menos duas apresentaram avaliação considerada péssima no quesito geometria. As demais, no mesmo item, apresentaram situação regular.

Conforme os dados, a ERS-446 é quem apresenta a pior realidade. O estado geral do trecho que possui apenas 15 quilômetros de extensão, é avaliado como ruim, a pavimentação e a sinalização também, garantindo ainda o status de péssima geometria. Semelhante à via está a RSC-453, que em seus 53 quilômetros tem avaliação considerada ruim para estado geral e pavimentação. Na sinalização, a avaliação foi considerada regular e na geometria, a estrada é considerada péssima.

As duas rodovias melhor avaliadas na região são a BR-470 e a ERS-122. As duas foram consideradas regulares em todos os quesitos analisados pela pesquisa da CNT.

Em nível de estado, a situação também não é das melhores, já que nenhuma rodovia do Rio Grande do Sul está entre as 10 mais bem conceituadas do país.

A nível nacional, a situação também requer atenção dos entes públicos e privados. No estudo, 67,5% da malha rodoviária pavimentada é considerada regular, ruim ou péssima. Foram identificados 2.648 pontos considerados críticos na malha rodoviária, que vão desde quedas de barreira até pontos que podem atrapalhar a fluidez da via. Os registros de grandes buracos foram os que mais apareceram no estudo, totalizando 1.803.

Conforme a CNT, será necessário reconstruir 628 quilômetros de rodovias onde a superfície se encontra destruída; restaurar 39,3 mil quilômetros de rodovias onde se identificam trincas, buracos, ondulações, remendos e afundamentos. Além disso, é preciso fazer a manutenção de 62,2 mil quilômetros de rodovias que foram avaliados como desgastados.