Acredito que esta coluna possa ser considerada paradoxal, uma vez que vamos falar de coisas que a princípio não parecem ter uma relação direta/complementar. Um dos temas é o marketing, claro. A outra é a “compassion”, em português compaixão.

A base adotada aqui para este último conceito vem de Dalai Lama. Ele relaciona a compaixão com a aceitação, o reconhecimento do outro e o direito de todos serem felizes. É a preocupação de cada um com o bem-estar do próximo, querer o bem do outro como a nós mesmos.

Nestes tempos de mercado onde as pessoas estão mais sensíveis e conscientes, a busca das empresas pelo bem comum, da sua própria estrutura, dos seus clientes e da sociedade, é uma necessidade que me parece tão clara. Ou seja: reconhecer o próximo mais do que um consumidor, uma pessoa que busca nos seus produtos ou serviços uma forma de ser mais feliz e mais completo. Isso pode mudar não só a filosofia de uma marca ou empresa, mas as formas de relação do “consumo” em uma sociedade.

Ou você acredita que um mundo melhor deve ser feito apenas por instituições de caridade? Não! Empresas comuns, no seu dia a dia, podem construir através de ações simples, ou pensamentos complexos, uma realidade melhor para todos viverem bem!

Considerando também que as pessoas hoje desejam muito mais do que produtos ou serviços, buscam experiências. E desenvolver um olhar sensível e de empatia sobre essas necessidades humanas pode ser a oportunidade para as empresas se diferenciarem.

E se a marca, suas ações e sua filosofia contribuir com a vida das pessoas com as quais se relaciona, ela estará contribuindo com um mundo melhor. E a probabilidade de permanecer se relacionando e ampliar sua intimidade com o consumidor será nata.