Se Lunelli tivesse sido reeleito iria encontrar extremas dificuldades para equilibrar as finanças do município. Se Tarso tivesse sido reeleito como poderia continuar a suportar o déficit orçamentário que ele próprio auxiliou a aumentar?

Dilma, reeleita, está aumentando tributos, fazendo cortes nas despesas inclusive nos projetos sociais, gerando acentuado pessimismo e descrédito internacional. Essa marca indelével do PT, a bem da sociedade brasileira, vai levar um tempo para ser reconstruída. Não se pode deixar de ser sensível a postura do governador Sartori, pode-se discutir os meios mas não o fim, no sentido de que as finanças do estado se reequilibrem e tenhamos o respeito pregado por Bento Gonçalves e seus seguidores. Temos que fazer o dever de casa. Quando eu estive no exercício da função pública, como secretário municipal de Governo, eu orientava os bons servidores para que procurassem as empresas privadas sob o argumento de que “a função pública, a exceção dos concursados e com altos salários, não trataria evolução pessoal e nem profissional”. Na função pública, a estabilidade gera um acomodamento que, diante das limitações que o ser humano se impõe, leva a assumir posturas, como as greves por atraso de salários, muitas vezes inoportunas e inadequadas. Na iniciativa privada, quando uma empresa não paga os salários, há a justiça para reparar danos mas, a grande maioria, procura por empresas mais saudáveis e que pagam melhores salários, desde que haja a qualificação profissional que leve o mercado a absorver.

Movimentação Política
Paulo Caleffi está à procura do partido ideal disposto a acolhê-lo para candidatura a Prefeito; Aido José Bertuol (ex-prefeito), julgando-se humilhado na Convenção do partido, está anunciando que vai para o PSDB; Valdecir Rubbo, (PDT) presidente do legislativo, deixa a entender que vai trocar de partido; o PDT quer lançar candidatura própria a Prefeitura; e Rubbo sonha ser vice de Pasin; César Gabardo, de estrondosa vitória na Convenção do PMDB a tal ponto de deixar fora do Diretório medalhões do partido – como o deputado Alexandre Postal, Aido José Bertuol e Moisés Scussel, líder do governo na Câmara – está com a coceira de quem quer ser candidato a prefeito, defendendo a tese de que o PMDB tem que acabar com a coligação com o PP e lançar candidatura própria. O prefeito Pasin é candidatíssimo à reeleição e, no íntimo, dedução minha, quer para vice, em ordem prioritária: o ex-prefeito do PMDB Aido José Bertuol; o presidente da Câmara Valdecir Rubbo; ou, o seu líder na Câmara, Moisés Scussel do PMDB. Ideia do PP de Pasin: reeleito, o Prefeito ficaria mais dois anos na prefeitura, seria candidato a deputado e assumiria o vice do PMDB, mantida a coligação. Embora os dois estejam se “bicando” não está afastada a hipótese de Gabardo, o filho, venha a ser vice de Pasin, em substituição ao pai, Mário, que anda meio “cansado de guerra” e foi descansar lá na Polônia. E o PT certamente terá candidatura própria, ou com o ex-prefeito Lunelli e Camerini de vice, ou Camerini para prefeito. Esse tabuleiro de xadrez tem as peças se movendo mas há um porém: o PP, através de seu presidente Carlos Perizzolo, quer pressa na definição do PMDB em torno da coligação e quer, a todo custo, manter a coligação. O PMDB precisa de tempo, está dividido entre a ideia de manter a coligação e lançamento de candidatura própria, além disso tem que arrumar a casa, coisa que está atrelada a ação política de seu Presidente César Gabardo. Dê sua opinião a respeito ligando para 00.000.000. Ninguém vai atender e, mesmo que o faça, não vai saber muito o que dizer.

Caminhada Cultural
No sábado pela manhã fui até o colégio Aparecida para prestigiar a apresentação artística de minha neta, terceirona, Laura. O Colégio não faz festa junina, faz a promoção “o dia do gaúcho”. E põe todo mundo a dançar, alunos, professores, um espetáculo de criatividade e grande participação, todos pilchados. Fiquei impressionado com a manifestação profunda de amor às tradições do Rio Grande. E também com a quase unânime participação dos pais e alunos, uma festa de integração, estilo quermesse, onde rolou cachorro quente, churrasquinho, carreteiro, docinhos, essas coisas. Saindo de lá fui tomar um chopinho que, na frente do Colégio estava sendo servido com música ambiental, coisa legal. Depois fui às compras no supermercado onde constatei que os produtos de limpeza subiram 30%. Ato contínuo passei por uma floricultura onde comprei orquídeas, gosto delas, elas me fazem ver Deus. Por fim passei na praça Vico Barbieri onde rolava a promoção o “Livro na Praça”, levada a efeito pela produtora Cultural Cristina Razera, com auxilio da Lei de Incentivo à Cultura. Conheci ali a escritora de livros infantis Rosane Castro (de Porto Alegre), comprei dela o livro “Vovó Antonieta e as Rosas” e me deliciei com a qualidade vocal e repertório, que não conhecia, da dupla Marquinhos e Bruna Marques (pai e filha), de quem ganhei um DVD que gravaram, intitulado MARCO ANTONIO. Ao ouvi-los por uma meia hora, fiquei pensando com meus botões: tenho ouvido tanto cantor “merreca” no programa Altas Horas e Faustão e temos aqui em Bento valores artísticos de tamanha qualidade. Havia pouca gente na praça mas semear cultura é como semear plantinhas, põe-se a semente (um livrinho), rega-se (mais livrinhos) e colhe-se os frutos (crianças e pessoas mais cultas), tudo em meio a apresentação artística semeando sensibilidade e apego pela música e seus benéficos efeitos. Quando eu faço uma entrevista de emprego, aqui na empresa, noto que os candidatos a vaga que leram livros são mais habilitados ao exercício profissional (não falo em Pato Donald e Tio Patinhas), o que me leva a dizer aos jovens e aos pais que não abram mão de presentear livros e induzir crianças à leitura.

Não aguento
D’Alessandro em campo suando, com as mãos na cintura e bufando. O técnico Argel mascando chicletes à beira do campo. O técnico Roger dando explicações táticas filosóficas que ninguém entende. E você?