Já antes de ser alçado ao comando do governo do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori – que foi eleito com ampla maioria de votos – deu mostras, através do Secretário da Fazenda, que uma promessa de campanha não seria cumprida. A exemplo de Tarso Genro, prometeu, solenemente, com todas as letras, que iria acabar com o famigerado e inconstitucional (duvido que qualquer advogado consiga provar o contrário) Imposto de Fronteira, que massacra, tritura as contas e a vida de micros e pequenas empresas. Minha afirmação de que é inconstitucional é pelo fato básico, elementar que essas empresas já pagam ICMS sobre o seu faturamento. Portanto, pagando o desgraçado do Imposto de Fronteira (ICMS complementar para compras feitas fora do Estado) há uma flagrante e ridícula bitributação. Mas, voltando ao que os políticos prometem e NÃO CUMPREM (e estão em TODOS os partidos esse tipo de políticos), há que se salientar que o agora Secretário da Fazenda, como deputado de oposição a Tarso Genro, fez discursos defendendo incondicionalmente o FIM DO IMPOSTO. E ele votou a favor do Decreto Legislativo que acabou com esse ele, criticando o Governo Tarso por não ter acatado a decisão da Assembleia Legislativa. Portanto, senhores micros e pequenos empresários, esqueçam da promessa de Sartori. Terão que depositar o valor em juízo ou pagar sem a mínima possibilidade de ressarcimento futuro. O argumento do novo governo é a falta que os trezentos milhões de reais que são arrecadados são “indispensáveis” para os cofres do Estado. Interessante é que “incentivos fiscais” em valores fantásticos, concedidos a grandes empresas jamais têm sequer cogitação de serem reduzidos, mesmo para cumprir preceitos constitucionais de tributação diferenciada para micros e pequenas empresas. Tem uma poderosa multinacional que se comprometeu a oferecer ridículos DEZ EMPREGOS diante dos incentivos recebidos do generoso governo do Estado. Só que o grande empregador é, sem dúvidas, o micro e pequeno empresário. Só que esses não têm como financiar campanhas políticas e, por isso, têm reduzido seu poder de pressão. Some-se a isso o fato desses empresários ainda serem associados de entidades empresariais que só defendem os interesses das médias e grandes empresas. O presidente da FIERGS, por exemplo, em artigo escrito em jornal regional, sob o título “Teste de Visão”, defende com unhas e dentes a manutenção do Imposto de Fronteira. E há micros e pequenas empresas que sustentam a entidade. Como entender essas excrescências? Já é mais do que hora de micros e pequenos empresários se unirem e contribuírem a entidade que defenda OS SEUS INTERESSES, não os daqueles que já têm seus próprios defensores. Quanto ao novo governo, há outras atitudes que definem o título deste artigo: Começo nada promissor. Comentarei sobre elas, certamente.