Com despesas acumuladas que chegam a aproximadamente R$ 2 milhões, o Hospital São Pedro, em Garibaldi, deve fechar oito dos 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A informação foi divulgada nesta semana e ocorre, principalmente, pela falta de repasse de verbas federais e do aumento no preço de insumos utilizados para o tratamento de pacientes internados com a covid-19. Se não houver nenhuma solução a curto prazo, a instituição planeja fechar os espaços no próximo mês.

A ala de tratamento intensivo foi aberta há pouco mais de um ano. Naquele período, 10 leitos haviam sido instalados. Como a demanda acabou aumentando, em razão da gravidade da covid-19, o hospital ampliou seu atendimento para 15 leitos de UTI. Ainda em 2020, outros três leitos foram instalados e destinados, especificamente para pacientes de planos de saúde.

Conforme a direção da casa de saúde, em 2020, o hospital recebeu cerca de R$ 3 milhões por meio de emendas parlamentares e R$ 1,3 milhão em recursos emergenciais do governo federal. A queda no repasse pode ser sentida em 2021, quando o hospital recebeu cerca de R$ 300 mil por meio de emendas, aumentando ainda mais a situação crítica da instituição.

No ano passado, o hospital São Pedro internou 359 pessoas que positivaram para a covid-19. Neste ano, o número chega a 330. Além do aumento de ocupação, o preço dos medicamentos utilizados para a intubação de pacientes e a permanência dos mesmos em sedação é outro fator que acaba preocupando a instituição. A direção citou o exemplo do sedativo midazolam que era adquirido por pouco mais de R$ 15. Atualmente, o mesmo medicamento custa, em média, R$ 116. A expectativa é de que ainda este mês cheguem insumos comprados da Turquia.

Foto: Bruno Milan / Divulgação