Vocês se lembram da bronca que dei a este personagem sádico e genocida no sábado passado? Pois não é que o Corona Vírus saiu das sombras e se dignou a me responder através de uma longa missiva (ele é “analógico”, tem pavor de tecnologia), que passo a compartilhar com vocês neste momento. Diria até que ele está deixando algumas pistas para ser capturado. Tipo “serial killer”. Então só nos resta darmos o máximo de atenção às suas revelações, pois o conhecimento disso pode fazer a diferença na hora em que o bicho pega pra capar. Segue:

“Prezada:

Em relação ao teu xingamento, tss-tss! (Onomatopeia de deboche). E não adianta apelar para os meus sentimentos, porque não tenho sentimentos. Aliás nem ser vivo eu sou. Preciso de uma célula hospedeira para ter qualquer atividade metabólica. Mas, por pura birra, a natureza me força a fazer algumas confissões. Seja esperta e registra aí . Nessa minha viagem pelo corpo humano, passo por três fases. Na primeira, que dura uns quatro dias, passeio pelas vias públicas e  quartéis, onde analiso meus oponentes. Observo a sua força de combate e confiro a qualidade do armamento, que é baseada na equação: alimentação saudável, vitamina D, vitamina C, solzinho, coisa e tal.  Se tudo está em ordem, caio fora; se existe algum prognóstico de sucesso, me instalo e já mando ver. Provoco tontura, calafrio forte, cansaço, sensação de desmaio, leve sensação de nariz entupido. Nesse primeiro round, a medicina pode me derrubar fácil, pois tenho pavor de Ivermectina, Hidroxocloroquina, Azitromicina, creolina… Essas “inas” reduzem minha potencialidade.

Na segunda fase, vou pra linha de frente, faço manobras, uso táticas militares, derrubo barreiras pra abrir caminho até os pulmões, onde me instalo de mala e cuia e começo a saquear oxigênio. Aí o vivente (por enquanto) que já perdeu o olfato/paladar e curtiu uma bela diarreia, sente que a luta esquentou pra valer. A temperatura elevada indica que estou bem infiltrado, mas a medicação específica ainda pode me vencer.

Na terceira fase, já canto de galo e brinco de enviar trombos na corrente sanguínea. Nada bom para os que ficaram de bobeira por aí. Então só artilharia pesada consegue me mandar pra escanteio, incluindo anticoagulantes, antibióticos potentes, corticoides… É uma disputa de território bem punk. E salve-se quem puder!

Um último recado pra ti particularmente, e de graça! Fica longe de mim, porque se eu te pego… Ai, se eu te pego!”

Fala sério, parasita!!!