Em 1879, o governo suspende qualquer despesa oficial com a imigração. Apenas o lote a crédito e oferecia trabalho remunerado 15 dias por mês, na abertura de estradas.

As maiorias dos autores descrevem a estimativa que aproximadamente em 84 mil o número de italianos que se fixaram no Rio Grande do Sul, no ciclo inicial da imigração, de 1875 a 1914, a maioria vinda do Vêneto, da Lombardia e do Tirol. Mas a historiadora Luiza Iotti menciona um relatório publicado no Boletim de Negócios Exteriores da Itália, 1898, que estima 160 mil imigrantes italianos no Rio Grande do Sul, até aquele ano.

Certo é que uma grande maioria dos italianos que imigraram para o Brasil nesse período se fixaram em São Paulo, trabalhando em regime de parceria ou como assalariados nas fazendas de café e depois na indústria, como operários. Foi a necessidade de substituir a mão-de-obra escrava por assalariados nas fazendas de café que fez acelerar o programa de imigrações a partir de 1850.

No sul, a imigração atendia à necessidade de povoar as terras, para produzir e para contrabalançar o poder dos estancieiros-militares. Atendia, também, ao interesse, presente desde que o processo se iniciou com os alemães: de “branquear” a população.

O território ocupado pela colonização italiana havia sido habitat de comunidades nativas de caçadores e coletores de pinhão, do grupo Gê, pouco conhecidos. É deles que vem o nome Campo dos Bugres, original da área onde se estabeleceu a Colônia de Caxias. Não há registros de incidentes desses indígenas com os colonos. Já haviam abandonado a região ou os que ainda restavam estavam aculturados. É, no entanto, conhecida a figura do bugreiro, o caçador de nativos da Serra.

Os primeiros a chegarem à Sétima Légua, que daria origem a Caxias do Sul, foram Amália Zoletti, Gottardo Rech, viúva Maria Velanzim, Andréa Salvatori, João e Antônio Viecelli.

Em 1877, aquela colônia passaria a se chamar Caxias. Era a terceira Colônia italiana no Rio Grande do Sul, ocupando 17 léguas quadradas.

Antes de completarem cinco anos, as três primeiras colônias – Cond’Eu, Dona Isabel e Caxias – já tinham em conjunto mais de 10 mil habitantes. Em 1884 começaram a serem organizadas outras três colônias contíguas a Caxias: São Marcos, Nova Pádua e Antônio Prado.