Momento de despedida

Fui me despedir da Da. Lourdes Farina, esposa do Emyr, uma das DAMAS da sociedade de Bento. Discreta e cordial, sempre de um vestir elegante, assim a definia. No velório, a projeção de um vídeo relativo ao encontro festivo das amigas pelos 90 anos. Da. Lourdes, o tempo todo sorridente, fazendo confidências em determinados momentos, vestia traje elegante e portava um colar e uma aliança que lhe davam ar de Majestade. A par de encontros esporádicos de cunho social, tive uma longa convivência com ela quando da VOLTA AO VÊNETO, uma viagem que levou lideranças da região – éramos 124 pessoas – para a Itália, com extensão para a França, Alemanha e Bélgica, 34 dias de viagem. Estávamos, não lembro onde, no Vêneto, quando Onorino Marini, nosso guia para assuntos extraordinários, teve a ideia de irmos, de ônibus locado, até Cortina D’Ampezzo. E, lá fomos nós, toda turma de Bento, umas 32 pessoas. Seu Emyr e Da. Loudes sentaram no banco da frente do ônibus, pareciam dois pombinhos embora o ar sizudo do Emyr, sempre focado em alguma coisa com postura tipo “se queres a paz, prepara-te para a guerra”. No caminho, paradas técnicas de 100 em 100 quilômetros. Na hora do embarque da primeira parada, lá estava alguém sentado no lugar do casal. Seu Emyr, sob a alegação de que “aquele banco é meu, tenho direitos adquiridos, fomos os primeiros a sentar ali”, se recusava a embarcar. Então, os que estavam dentro do ônibus, desciam para ver o que estava acontecendo e bravando “vanti co el mul (ônibus)! E, os que estavam fora entravam bradando “andemo via”. Dai, os que estavam dentro e vieram para fora demoravam para entrar e, os que estavam fora e entravam começaram a sair para ver porque que os que estavam dentro e saíram estavam demorando para entrar. E, assim, não se sabia mais quem tinha que entrar porque a confusão era total. Veio a equipe de negociação, invocando a compreensão de quem tava sentado no banco da frente que diziam “quem foi pro ar perdeu o lugar”. Sob protestos Emyr e Da. Lourdes sentaram no banco logo atrás e, a demora foi tanta que, sem partir, já era hora de parar de novo para irmos ao banheiro, coisa de gringo. Na próxima parada, o problema de novo. Só que desta vez o Emyr bateu o pé e, só foi possível partir com o casal sentado no banco da frente. Estava assegurada, em definitivo, durante a inesquecível viagem, a posse do banco vip por parte do casal Emyr e Lourdes. E, todos ficaram felizes, para todo o sempre, durante a viagem a CORTINA. Este episódio eternizou, em minha mente, a convivência com Da. Lourdes, e vai ficar ali.

O incêndio do prédio da Segurança

Estive, por duas vezes, no prédio da Secretaria da Segurança Pública que incendiou e matou dois soldados bombeiros, cuja busca demorou sete dias. Naquele prédio fizeram o Plano de Prevenção Contra Incêndios, o tal do PPCI. Mas, a execução de um plano desses, em prédio já construído é complicada e onerosa, assim é que lá estão as autoridades de segurança, inclusive o Governador, a dar justificativa do porque o plano não foi executado, se limitando a dizer que “o prédio estava sob investimentos expressivos para assegurar segurança”. Na segurança, digo eu. Entendo que esse tal de PPCI só deveria ser aplicado em novas construções porque, para implantá-lo em prédios construídos antes da lei, é preciso, arrancar calçamento, calçadas, destruir e reconstruir paredes, fazer instalações quase que impossíveis, de custo, em certas casas, maios do que construir um prédio novo. Assim, a aplicação da lei foi postergada para mais dois anos, dando tempo de adaptação o que será muito difícil de ocorrer, não se discute a necessidade.

A Zona Franca

A vitivinicultura no interior de São Paulo – São Roque, Jundiaí – cresce muito. A vitivinicultura em Pernambuco – Petrolina – cresce muito. A vitivinicultura na Campanha – Livramento, Bagé, Encruzilhada – cresce muito. A vitivinicultura em Santa Catarina desponta com ótimos resultados também. A vitivinicultura na Serra Gaúcha é ícone e é a esta região que o Projeto de Lei que Institui a ZONA FRANCA DA UVA E DO VINHO, pretende beneficiar mormente com redução de impostos. Entendo que não vai ir adiante a ideia. O Governo precisa arrecadar, reduzir impostos não está na agenda, inclusive me parece que esta pretensão dos deputados é inconstitucional. Não pode, a meu ver, a Câmara aprovar projeto que diminua a receita, isto é da alçada do Executivo. No entanto, a ideia me parece boa, mas ela tem que abranger todo o setor vitivinícola do país, senão não passa.

O ciclismo em pauta

Hoje, sexta, pela manhã, em frente ao Dall’Onder, vi um ônibus com, em torno de 25 pessoas, a bordo, veículo no qual estava atrelado um reboque transportando cerca de 20 bicicletas, indo em direção aos Caminhos de Pedra. Hotéis do Rio de Janeiro, inclusive, de quatro a cinco estrelas, estão agregando, em suas ofertas, a cedência de bicicletas aos hóspedes. Isso também está acontecendo em todo o Brasil e na Europa. Em Paris, assim como no Dall’Onder, há um monitoramento, através de guias, que definem horários e locais dos “tours”. Assim, o ciclismo se incorpora, com força, ao turismo pois ele traz cultura física, lazer e educação ao circular pelo meio rural e absorver aspectos da cultura local.

O turismo em Bento

Ainda estamos asfaltando estradas, esta semana o Prefeito deu início a continuidade da ligação asfáltica Vale Aurora a Faria Lemos, sabedor que o turista vai onde tem asfalto. Por outro lado, temos um potencial turístico ainda não explorado como o caminho ferroviário Bento – Jaboticaba e Bento – Vale das Antas. TURISMO não é somente como aquela canção “COMER COMER, BEBER BEBER” (Patati Patatá), é um contexto cultural. Até não conseguirmos fazer tudo o que é preciso, temos que, pelo menos, preservar o nosso potencial. Embora direitos em mãos de terceiros. É o caso do ramal feroviário – Bento Jaboticaba, onde estão cortando e levando embora os trilhos e destruindo o meio ambiente. Numa noite os trilhos são cortados num tamanho de cinco metros. Na noite seguinte, são transportados e, certamente, comercializados. O Ex Prefeito Alcindo Gabrielli fez um WALKING TOUR pela região e fez um ensaio fotográfico que, inclusive encaminhou ao Dr. Alexandre Schneider, Procurador da República. O que está fazendo a PATRULHA AMBIENTAL no sentido de que isto não aconteça? É dever de todos nós, lideranças e autoridades, evitar a delapidação do patrimônio público e destruição ambiental.

As ações do prefeito

O Prefeito está focado, além de comandar mutirões de limpeza pública e pinturas, em quatro objetivos: o término do Hospital da UPA; o término do viaduto norte; “CUSTEM O QUE CUSTAREM”; a construção de Escola e Praça Pública do Bairro Zatt; e no asfaltamento que falta na ligação Vale Aurora – Faria Lemos. Fui com ele até o Bairro Zatt, reputo aquela obra da maior importância educacional, social e de lazer para aquela comunidade. Mas vejo um horizonte de benefícios maiores, vai promover inclusão social, qualidade de vida, bem como a socialização das crianças e dos jovens pelo convívio coletivo. E, todos nós sabemos, que quando há qualidade de vida, inclusão social, lazer, há um povo feliz. E funcionários felizes fazem empresas com ótimo ambiente de trabalho e produtividade.

O Fundo com o dinheiro do povo

Numa manobra, considerada esperta, os deputados aprovaram a elevação dos recursos para campanha eleitoral de 2 bilhões para 5,7 bilhões. Paulo Caleffi, no exercício da Deputação Federal, votou a favor. Esta semana ele andou se explicando para as lideranças de Caxias do Sul, onde quer construir uma boa base eleitoral. No entanto entendo que o voto a favor não veio de Paulo Caleffi mas sim do detentor da titularidade do cargo, DANRLEI. Se não é com o dinheiro desse fundo onde é que o DANRLEI conseguiria dinheiro para fazer a campanha de reeleição a Deputado Federal, ou quem sabe a Senador? Teria Paulo a chance de votar contra? Pode ser que sim mas, pode ser também que não quisesse. Vai saber!

Rápidas e boas

  • Itacyr Giacomello afirmando que, em torno de sua casa, sita em zona nobre da Cidade Alta, bando de URUBUS, sobrevoa diariamente sua casa (urubus, nos céus de Bento? Céus!). Assim, sugeri que diante do estado em que se encontra o QUERO QUERO, terminal, ele adote os URUBUS e os ponha a URUBUSERVAR por aí, trazendo notícias para a coluna I. G. Variedades.
  • Foi extinta a aposentadoria de ex-governadores e viúvas, iniciativa foi da Assembleia Legislativa. A candidatura a cargo eletivo é exercício de cidadania, não é atividade compulsória. Se fosse compulsória caberia a aposentadoria, como não é, não cabe. Uma imoralidade que finalmente acaba.