De Política, Políticos, Candidatos e Futuro

Nada mudou

O Presidente Bolsonaro abria a boca e disparava. E, Maia, o outro presidente, disparava contra ele. De repente Bolsonaro seguiu os Conselhos, calou, convidou Maia para um jantar e, os dois, saíram alinhados. “Assim, presidente, deve ter dito Maia, o Senhor pare de falar, mesmo que seja da “Banda Podre”, eu harmonizo o Congresso, cria-se clima de governabilidade, para aprovação de reformas e vamos aliviar a Lava Jato”. Bolsonaro deve ter dito “cumpra-se”. E assim se fez. Diante do novo quadro entrou em cena o Ministro da Economia acenando providências para aumento da receita, criativo ele. Lula, que abria o verbo, diante do novo cenário calou-se também “o mar não tá pra peixe”, diria ele aos chegados líderes do sindicalismo. Com a perspectiva do fim do petismo, criou-se um novo cenário no país, os alinhados com a esquerda e os alinhados com a direita. Os jovens, que apoiaram Bolsonaro, parece que agora estão contra, houve um equívoco por parte deles por entenderem que, ao defender os interesses do povo brasileiro Bolsonaro fosse de esquerda, nunca foi e nunca vai ser. Nas Faculdades, é modismo ser de esquerda, nem é convicção política de forma de reconstrução do país arrasado pela roubalheira. Não há, na palavra dos jovens, colocações sobre que soluções e como devemos perseguir, de forma adequada e correta os destinos do país. Estamos mergulhados e tentando emergir da pandemia do Covid e da pandemia política, com “dinheiro na cueca” e tudo mais. A par deste cenário Moro, o juiz, afirmou que “a corrupção continua”. E o Presidente Bolsonaro cresce nas pesquisas mesmo diante da escalada do desemprego. Confiabilidade, este é o segredo. Em meio a tudo o que está ocorrendo Bolsonaro ainda é tido como confiável.

Cenário local

A “construção” política em Bento sempre passou, e estou convicto de que sempre vai passar, pelo que o Prefeito faz ou deixa de fazer. Pasin passou oito anos administrando o Município com poucos recursos, estragaram a Prefeitura lá atrás com o empreguismo. Fundamentalmente ele administra salários e despesas operacionais. Pouco pode fazer. Para o Prefeito asfaltar uma rua significa “fazer uma obra”, tenho para mim que asfalto é melhoria, não é obra. Obra é o que o Prefeito fez no trevo norte, mesmo assim com captação de recursos bancários a débito de futuras gestões. Há outras importantes realizações de Pasin de fundo social e cultural, no entanto estão submersas na tão aclamada, pelos políticos, redes sociais. Como o povo vai poder considerar, acessando a internet? Que internet? Pobre povo, mergulhado na sua santa ignorância! (Ignorância de saber e poder). Pasin conduziu a Prefeitura com honestidade de propósitos, com integridade moral, mas fez o que quis, como quis e quando quis, tudo fundamentado na sua habilidade política de liderar pessoas condicionadas a seu modo de ser, agir e pensar. Fez coisas boas, fez coisas que não deveria fazer, outras de forma inadequada, outras deveria ter feito e não fez, mas nada que tivesse sido desabonatório a seu perfil de um excelente líder político que vai, certamente, com correção de conduta adequada, se transformar num excelente deputado. A análise é minha pessoal, não está atrelada a consultas ou “ouvi dizer”. É bom dizer que sou passível de erros, mas também dizer que quero muito o retorno de uma representação política na Câmara e na Assembleia.

Sucessão

Darcy Pozza elegeu Pasin como seu sucessor, foi ao palanque político defender suas ideias, deu a vida também por isso, Pasin definiu o seu sucessor, não como queria, mas como pôde, para atender os “interesses”, diria Brizola, da ala conservadora e renovadora de seu partido. Muito embora possa entender o Prefeito que é saudável e democrático ver nove candidatos na disputa de sua sucessão, é possível que nisso tudo esteja inserido um pouco de rejeição pois Prefeito, Delegado, Jornalista, há quem goste e quem não goste. É bom de se viver em Bento, é bom “traficar” (poder aquisitivo é bom) em Bento, é rentável ser bandido em Bento, é bom investir em Bento, é bom ser candidato a Prefeito e Vereador em Bento, enfim Bento é “tudo de bom”, embora as famílias estejam num sufoco e há quem propague, com insistência, que o que “há aqui é os pobres contra os ricos e os ricos cada vez mais ricos não dando bola para os pobres”. Nisso é que parece se fundamentar, basicamente, a esquerda. Neste cenário, Pasin e seus seguidores estão alinhados com as elites sociais e empresariais, ou vice-versa; Paulo Caleffi não está alinhado nem com a esquerda nem com a direita, corre retilíneo na sua filosofia de como se deve atender a esquerda e como se deve atender a direita. Embora isso não tenha dado certo na política ele segue firme nas suas convicções no encontro dos anseios populares; Alcindo Gabrielli, é centro esquerda com seu MDB, propaga a conduta ilibada e inatacável de sua gestão como prefeito, segue na sua proposição de “nem tanto ao mar, nem tanto a terra”, Gabrielli; Camerini, “inimigo” político de todos, se esforça, mesmo dilacerado pelas dificuldades, de ser o representante do povo sofrido, quanto mais batem nele mais ele cresce. Mas aí é que “a porca torce o rabo”. Porque bater em Camerini? Não seria tentar encobrir erros, omissões, a ausência de ser “um pouco Camerini”? Dos demais candidatos vou me referir na próxima coluna. Luta de classes, invejas, vaidades, ambições, ideais, disputas religiosas, fakes (antigamente os fakes eram presenciais, hoje são virtuais, mas sempre existiram), candidatos se “escondendo” nas redes sociais, pregadores da moralidade e dos bons costumes, apologia do “vou fazer” sem condições de vir a fazer, a campanha política está mergulhada nisso tudo, sempre esteve. Mas, há bons candidatos, é preciso garimpar bem, tá cheio de condutas ilibadas, algumas deformações de caráter, algumas deformações de personalidade, mas, nada grave. Lembrem que Bento é um Município complexo, tão complexo que não foi o Prefeito, nem um Vereador, nem um partido, de direita ou de esquerda, que levou a efeito a ideia de estudos para planejar Bento, o tal de Bento +20 que gerou tanto constrangimento que não teve outro jeito a não ser apoiar, ou considerar como válido. Faço presunção, a bem da defesa da missão dos políticos, que Vereadores e Prefeito, da próxima gestão, vão saber o que fazer em termos de planejamento de Bento, mesmo encampando ideias de segmentos sociais que deveria, há muitos anos, ter sido melhor ouvidos. Bento está, de certa forma, sendo “empurrada com a barriga”. Ou vamos dar um jeito nisso, ou logo logo, “deu pra ti Bento”! Eu prefiro a primeira opção.