Sucessão de Pasin, é bom saber

Amarildo Lucatelli, candidato
a Vice, garantia de união do PP em torno de Siqueira

Bem, eu havia dito que por parte do PP-PSDB e COLIGADOS, a chapa de candidato a candidato estaria composta por Diogo Siqueira, candidato a Prefeito e Eduardo Virissimo, candidato a Vice. Avaliei mal a questão do Vice pois não levei em conta que candidato do Pasin é uma coisa, candidato do PP é outra coisa. O candidato a Vice é o Vereador Amarildo Lucatelli, que é um componente raíz do PP. Amarildo é um soldado eficiente e solidário do PP, seu trabalho contribuiu para eleger Prefeitos, candidato a Vereador conseguiu eleger-se no último pleito. Mesmo assim foi contribuir com Pasin no exercício de cargo executivo. Com sua escolha Pasin fechou todas: colocou na cabeça de chapa seu segundo candidato preferido, o primeiro era Aido José Bertuol que não quer mais saber de política, mantendo o compromisso assumido com o PSDB e, atendeu a ala conservadora do partido liderada por Perizzolo. Unificou o PP que parte coeso para a sucessão de seu grande líder.

Formatação da oposição

A constatação é minha, ninguém me disse, com base nas minhas observações, estão na linha de frente para fazer oposição a chapa da situação e conquistar a Prefeitura: Moacir Camerini; Paulo Caleffi e Alcindo Gabrielli. Poderão surgir outros candidatos a Prefeito, mas não com força eleitoral suficiente e com chances de coligações reduzidas, considere-se que, em política, o que vale hoje não vale amanhã, porém nada é impossível.

Camerini

Lançamento da candidatura do Camerini, noite fria e consciência da missão “quase impossível”: ser Prefeito.

DILMA foi derrubada da presidência, os Prefeitos de Caxias e Farroupilha foram derrubados da Prefeitura. E Camerini teve seu mandato de vereador cassado. Todas decisões políticas reconhecidas pelo Supremo como válidas na sua essência. Camerini sofreu, ficou sem chão, sem remuneração, sem tribuna. Regenerou-se, ficou mais forte, criou lives, assumiu novas posturas, declara-se candidato e estão todos preocupados com ele, todos, o fenômeno Lunelli ainda está presente na mente de cada um. Bem, aí é de se perguntar: foi Camerini que cresceu pelos seus próprios méritos ou foi a administração pública e em suas ações e/ou omissões deixou que ele crescesse?

Paulo Caleffi

Paulo Caleffi (centro), na mesa de honra do Congresso Internacional do Transporte, em Quito, Capital do Equador. Postura de Embaixador do Brasil

Paulo Caleffi disputava “beleza” com Anderson Zanella pelo comando e liderança do partido cuja maior estrela aqui em Bento é o Deputado Federal, ex boleiro, DANRLEI. Paulo tentou ensaiar um “tô fora” quando foi à Brasília, fazer contato com o PODEMOS, mostrou-se honrado com o convite coisa e tal, em seguida foi ao Danrlei: Zanella aqui, Zanella ali, penso assim, penso assado e, voltando, fez mais uma reflexão, contatos, família e, conclusão: não é bom trocar de partido de novo. Os ensaios de Paulo junto ao PP para uma coligação não deram certo, “o caminho seria espinhoso e maculado” deve ter pensado. E foi em frente. Zanella que, na Câmara defendia Pasin como os japoneses defendem o Japão no ataque a “Pearl Harbor”, sentiu-se incomodado e foi para o PP, partido do Prefeito. Quem ganhou, Paulo ou o PP? Paulo evidentemente, ficou livre, soberano. Sobre esse episódio quero ressaltar que estava eu no veraneio passado, debruçado na tela da residência a conversar com meu vizinho que fazia parte do comitê eleitoral do Deputado Gaúcho da Geral. Sem que eu perguntasse, ele afirmou: “lá em Bento tem aquela rusga entre Caleffi e Zanella mas o partido já decidiu, vai ficar com Caleffi. Isso foi antes de Paulo ir a Brasília. Caleffi agora está à procura do Vice ideal, sem máculas, ele diria. Mas, quem? Quem? Quem? Tenho cá para meus botões que será o Delegado Becker, que já anunciou que será candidato, porém poderá sucumbir aos argumentos de Paulo emprestando a ele o prestígio que goza junto a determinados segmentos da comunidade. Se os dois forem candidatos a Prefeito, irão bater na porta do mesmo eleitorado enfraquecendo suas candidaturas. Visão minha, “pelas barbas do profeta”. A candidatura de Paulo Caleffi representa um horizonte novo na política de Bento, renovação de conceitos, postura, forma de administrar. É contundente, incisivo, formalmente cordial, experiente na condução de interesses empresariais e corporativos a nível sul americano, um político preparado para a guerra, mas com regras, com respeito a normas internacionais, à ética, estará ele preparado para um Afeganistão, uma Síria, um Vietnã, uma Coreia, como se traduzem as guerras das campanhas eleitorais municipais em Bento? Deve estar pensando sobre isso, recolhido em seu planejamento. Na cabeça do eleitor por enquanto Paulo é especulação do tipo “vamos ver a que se propõe o discurso do palanque”. Posso afirmar que Caleffi não tem inimigos políticos, tem o respeito dos adversários, o inimigo de Paulo é conquistar o voto popular para ser Prefeito e, para isso, terá que romper paradigmas.

A despedida de Accordi

Claimer Accordi, elegante na postura e no
vestir, enobreceu a política de Bento, embora por curto período, pelos seus valores pessoais

Claimer Accordi e seu irmão Remi, sempre foram pessoas cordiais, educadas, bem formatadas pelo pai TIO HUGO, com quem eu tinha estreita relação pois no exercício de sua atividade profissional me enchia de atenções e sorrisos fraternos. Não faz muito tempo Claimer esteve me visitando como Presidente do PTB, acompanhado de membros da Diretoria. Vestia uma camisa elegante, acho que era aquela do jacarezinho, brinquei com ele “vou vender o jornal e comprar uma camisa dessas”. Embora doente, confesso, estava entusiasmado com a liderança partidária. Veio para anunciar o ingresso no PTB de um líder político, que não veio junto. Estranhei, anunciar o ingresso no partido de um candidato a prefeito e não veio junto para também anunciar e referendar a notícia? Não publiquei nada e acertei na mosca, não houve ingresso, não houve candidatura e o anunciado foi parar no PDT. Claimer partiu, era meu amigo de longa data, deixou nas hostes de seu partido valores inestimáveis, de seriedade, honestidade de propósitos, respeito, fez de sua passagem pela política um legado positivo. Para onde vai o PTB? Está nas mãos de Jairo Alberici, de José Bortolo Balestrin mas seu grande ícone político é o Vereador Neri Mazzochin, que já deixou transparecer que é candidato a Prefeito. O partido sempre balançou para lá e para cá nos processos eleitorais, está dissidente de Pasin (que dissidência é essa se mantém os cargos na administração), assim pode cair para o lado de Gabrielli, do PP/PSDB, do Paulo Caleffi neste caso com Mazzochin como candidato a Vice, tudo pode acontecer com o PTB. Acabou o espaço, na próxima coluna abordarei a candidatura de Alcindo Gabrielli, PMDB e de ……….(?) do PDT, e demais.