O esplendor do CIC

Quando, em seus jantares ou almoços, que reúnem empresários ou líderes de Bento para falar para Bento, o CIC assume um esplendor, que gera união, saber, satisfação, que educa, que aponta caminhos, que é gratificante. E, quando reconhece e gratifica o valor pessoal e a trajetória de vida de nossos líderes semeia exemplos e, em nome da comunidade diz obrigado pela obra que nos foi legada. Ao saber do CASE da VINÍCOLA SALTON, apresentado pelo seu Diretor-presidente MAURÍCIO, fui impactado pela grandeza e pela dimensão assumida pela empresa, com uma dimensão também em seus propósitos, impressionante! Embora tivesse 30 minutos para falar, Maurício falou, com exposição de vídeo, cerca de hora e meia, cativando a absoluta atenção da plateia, composta essencialmente, pela Direção, Conselho Superior da Entidade e empresários. Ao ouvi-lo, atentamente, fiquei também pensando com meus botões: seria preciso, faria um bem danado, projetar o CASE da SALTON, para toda a comunidade universitária de Bento, a Secretaria de Cultura ou Educação, deveria cuidar disso, para que os jovens saibam melhor sobre a grandeza que nos cerca. Tenho, ao longo do tempo, defendido essas ideias, fico feliz ao vê-las em execução. Vislumbro o quanto impactante seria ouvir também, outros grandes líderes. Se fizermos isso estaremos mais coesos, mais irmanados, mais positivamente impactados. Parabéns FAMÍLIA SALTON, sou do tempo do NINI e seus PAPOS RETOS, e passeios automobilísticos; do SYLO e seu espírito fraternal e comunitário; da luta heroica do PAULO lá em São Paulo, para a recuperação da empresa. Do TONINHO, influencer e sábio, que está ai firme e forte. Os atuais dirigentes, honram, com a grandeza de seu valor e conquistas empresariais, o passado de sacrifícios honrosos de seus antepassados.

O Troféu Dom Empreendedor

ADEMAR DE GASPERI foi distinguido pelo CIC com o troféu DOM EMPREENDEDOR, nada mais justo, oportuno e apropriado. Ao carregar, para o CIC, o portifólio dos reconhecimentos recebidos, dos cargos que exerceu, na área pessoal e profissional, comunitária, ADEMAR precisaria contratar um reboque para transportar. Impressionante! É um homem simples, despojado, singular. Parte dele é líder moveleiro, parte dele é Presidente da FIERGS, parte dele é Diretor do CIC, parte dele é Presidente do Esportivo, ele é um pouco de tudo, mas é tudo! A família DE GASPERI é tradicional. Quando eu tinha 4 anos e estava um dia na casa de minha avó, recebi a notícia de que meu avô me traria um presente. Fiquei na beira da estrada, ali no Botafogo, esperando por ele, com mais intensidade do que eu esperava o “picolezeiro” com seu apito inconfundível. De repente, lá vinha meu avô Alfredo, trazendo, em volta de seu pescoço uma bicicleta triciclo, a minha primeira bicicleta! De onde vinha a BICI? Lá do bairro Santo Antão onde os DE GASPERI, tios e pai de ADEMAR, tinham uma casa comercial em meio a uma reserva ecológica invejável. Mais adiante, jovem, morei no EDIFÍCIO DE GASPERI que a família construiu no Centro, em cujo térreo tinha a FERRAGEM DE GASPERI, empreendimento comercial da família, transferido de Santo Antão. Batia ponto diário ali, em papos com seu ALBINO (pai de Ademar) e com o ILVO, líder no segmento do comércio. Mais adiante, não perdia jogo do Esportivo, lá estava Ademar em campo, técnico e habilidoso. E lá foi ele para a área empresarial, tornou-se um grande líder do setor moveleiro. Na FIERGS ainda é referência e unanimidade, não assumiu a presidência por indicação unanime, porque não quis. Atualmente empresário do ramo imobiliário, é referência, é ícone, é Conselheiro “pai de todos fura bolo”, difícil pensar Bento sem pensar ADEMAR. Quer um conselho? Disque Ademar. Quer uma opinião? Disque Ademar. Quer amparo? Disque Ademar. Quer agradecer a quem fez muito e ainda faz por Bento? Dique Ademar. Alô Ademar, estou discando. Para dizer do meu orgulho de termos um líder dessa estirpe.

A terceira ressonância

Na semana passada voltei ao TACCHINI, terceira ressonância. Contei a vocês aquela história, baseada em fatos reais, da agulha da máquina de costura que entrou no meu dedo e lá ficou? SE CONTEI, CONTO DE NOVO! He, he, he! No entorno dos meus 5 anos eu estava sempre grudado na saia da minha vó, tipo assim “ONDE A VACA VAI O BOI VAI ATRÁS”. Ela costurava calças, meu avô, tendo meu pai como auxiliar, fazia o casaco e aí surgia a FATIOTA. Um dia minha avó deixou de usar a máquina para ir fazer o almoço e lá fui eu imitá-la fazendo de conta que estava costurando. Acelerei ao máximo o pedal, me atrapalhei, e meu dedo ficou debaixo da agulha, dei um puxão e veio a agulha junto com o dedo indicador da mão direita. A parte grossa ficou no lado de cima e o restante na parte de baixo. Não doía nada, no entanto, por três dias, ou mais, eu caminhava dentro de casa com o braço levantado e aquela agulha aí. Parecia que eu estava sempre saudando o HITLER. Quando eu ia entrar num ambiente da casa, que tinha 8 quartos, várias salas, duas cozinhas e vários etcéteras, eu espiava só com um olho como o GATO FÉLIX, tinha gente lá eu não entrava, ninguém podia chegar perto do meu dedo.

Meu avô sempre tentando me convencer a deixar ele tirar a agulha, prometendo que não ia doer. Médico? Nem pensar. Uma semana depois meu avô, que me convencera, pegou um alicate e arrancou a agulha, a dor foi tão intensa que eu desmaiei e, por muitos dias, eu sofri. Cortei relações com o “traidor”! Décadas depois o problema ainda está no dedo, o ferimento foi contundente. Se eu bater em algum lugar a dor é mais que dor, diante dela seria preferível não ter o dedo. Ao consultar o médico ele indicou especialista, nova consulta e a requisição de ressonância diante da necessidade de procedimento cirúrgico. E lá fui eu de novo enfrentar a “MÁQUINA DO TEMPO”. Ao chegar no Tacchini, lá estava o “SEU GUARDA”. Ele vem de encontro, é atencioso, tira o ticket, anuncia para as atendentes quem chegou e o que veio fazer, uma BAITA MÃO NA RODA. No atendimento, foco e cordialidade. Solicitaram o pagamento complementar, tenho TACCHIMED, de R$280,00, falei “tudo bem” e a moça “como é que o Senhor quer pagar? Eu respondi “em 24 vezes”, ela disse assim não posso, posso fazer em 3 vezes, “tudo bem” eu respondi, o TACCHINI tem o TACCHIMED e eu tenho o PARCELAMENTO SAÚDE, agregado a capacidade de pagar, sem isso não tem ressonância. “O Senhor, por favor, aguarda ali na espera que vão lhe chamar pelo nome”.

Demorou uns 20 minutos, ai ouço “HENRIQUE ALFREDO CAPRARA”, olhei pros lados, era eu mesmo. Nova atendente, novo inquérito sobre medicamentos e cirurgias efetuadas, declaração para assinar aquelas que todo mundo assina sem ler, troca de roupa e, o “FURA VEIA” para poder injetar o contraste. “Tenho veias dançantes, falei, usa agulha de nenê” falei, ela respondeu “vou usar uma agulha fina”. Espetou meu braço esquerdo, no direito tava o dedo problema, não senti nada, as minhas veias dançantes estão ignorando as agulhas de nenê. “Daí a pouco entrei na sala do exame. O técnico, ou médico, não sei, com porte físico de MARINE AMERICANO, me perguntou se eu já tinha feito o procedimento, falei que sim e ele “é tranquilo, apesar do barulho”, não dei bola para a palavra barulho. Me colocaram uma tala de isopor na mão direita, “esparadraparam”, me deitaram de barriga para baixo e veio a ordem “nada de se mexer, senão tem que fazer tudo de novo”. Antes de entrar, nova proposta, perguntei se ele tinha certeza de que não poderia ir no meu lugar. Risos. Fui, o desafio era como fazer passar os 60 minutos imóvel lá dentro. Eu estava bem acomodado, um travesseirinho aqui, outro ali, pronto para uma soneca, contar carneirinhos não ia resolver.

De repente uma barulheira, começou com um barulho de serraria, me passou a mente a serraria dos Bianchi, no Barracão, parava esse barulho vinha outro parecido com uma Motoserra, passou pela minha mente o filme sinistro “A ASSASSINO DA MOTOSERRA” e o “PABLO ESCOBAR” que MOTOSERRAVA seus adversários. Passava esse barulho vinha o parecido com uma metralhadora, passou pela minha mente os vários filmes do “PODEROSO CHEFÃO” e, de guerra bem como aquelas paredes de casa, furadas por metralhadoras da SEGUNDA GUERRA, que vi ao visitar a NORMANDIA, na França. Depois veio um barulho parecido com uma cascata, passou pela minha mente a cascata do COUNTRY CLUBE onde, ao salvar um irmão do afogamento quase morri eu, afogado. Por fim, um barulho parecido com a máquina que o Dr. Camilo Morotti, meu dentista de infância, usava para obturar meus dentes. No meio dessa barulheira o tempo passou em meio a memórias. Antes do final, me tiraram de lá de dentro para injetar o contraste, a moça me perguntou “tudo bem?” E eu respondi, “não me acorda que eu estou dormindo”. Risos. Voltei lá dentro, quando me tiraram, o rapaz, o MARINE, me perguntou “tu te mexeu?” Eu respondi de pronto “nem pensar” e ele “mas temos que continuar um pouco mais” e lá fui eu túnel adentro mas, desta vez, os 15 minutos sem motosserras, metralhadoras, dentista, serraria, britadeira.

Ao sair, aliviado, após a operação “TIRA A TALA”, eu disse “vou solicitar a Câmara de Vereadores que vote uma distinção de Louvor a minha resistência e tolerância”. Disse mais: “escuta, porque não dão um anestésico para a pessoa dormir ali dentro”? “Muita gente toma e dorme” me disse o “MARINE”. “Pode ser um RIVOTRIL, disse alguém que estava “no pedaço”. E eu, PUTZ, não vão me ver mais acordado aí dentro, vou me lembrar da orquestra sinfônica “BARULHOS DO TACCHINI”. Entrei no Hospital às 09:45 e sai às 13:15 horas. Nunca pensei que esse dedo indicador da mão direita fosse me incomodar tanto, mas, o dedo indicador da mão direita é o dedo que criança chupa, é o dedo que aponta caminhos, que xinga, que jogador aponta para o céu depois de fazer gol, é o popular DEDO FAZ DE TUDO, vamos consertá-lo “ora pois”, diria um Português.