A primavera no mês de novembro tem registrado temperaturas frias na região da Serra Gaúcha. Na fruticultura, esse tipo de clima pode apresentar pontos positivos e negativos. As parreiras estão na fase de desenvolvimento dos cachos e enchimento dos grãos. Já os pêssegos estão em plena colheita.

Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Enio Ângelo Todeschini entre os aspectos positivos da ocorrência de frio está a ausência de pragas. “Não tivemos até o momento nenhum registro de impacto, porém os produtores devem seguir monitorando”, comenta. Segundo ele, como a incidência de doenças não é perceptível, o uso de inseticida é menor, e consequentemente o agricultor terá um custo inferior e também haverá menos resíduo na fruta beneficiando os consumidores e os trabalhadores responsáveis pela colheita. Nas parreiras, Todeschini comenta que não foi constatado a mufa, que também é conhecida como míldio.

De acordo com o engenheiro agrônomo entre os fatores menos positivos está que as plantas estão “travadas” fisiologicamente, isto é, a videira está produzindo menos nutrientes.
Diante destes fatores, a expectativa é que o calibre e o grau ficassem abaixo no pêssego e a colheita atrasasse e isso não ocorreu. “Nas parreiras existe uma pequena chance de atrasar o início da colheita, porém em algumas regiões estão sendo colhidas as variedades mais precoces como a Vênus”, revela.

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