Quem costuma pesquisar, ler, analisar, buscar informações – repito, informações, não palpites ou factoides – em todas as fontes possíveis onde elas estiverem, seja no Brasil ou no exterior (há muitas formas de se obter informações isentas, despartidarizadas lá fora, através de assinaturas de jornais, revistas e sites de agências), percebeu que os anos recentes vividos pelos brasileiros têm sido um festival de mentiras e fanatismos político-partidários exacerbados. Nos últimos meses de 2015 percebeu-se algumas tênues mudanças nos grandes meios de comunicação na forma com que transmitem os fatos. A seletividade na sua divulgação tem diminuído – não o suficiente para que readquiram a credibilidade que tinham, mas já foi um começo -, o que possibilitará uma melhor interpretação dos acontecimentos por parte da população. O maniqueísmo surgido com o bipartidarismo (sim, indubitavelmente hoje só temos dois partidos, o PT e o ANTIPT, sendo os demais meros adesistas de ocasião) fez com que essa dicotomia prejudicasse até mesmo o relacionamento entre as pessoas, chegando ao extremo de atritar famílias. Quando escrevi, ainda na década passada, que a política brasileira seria dividida entre APT e DPT (Antes do PT e Depois do PT) confesso que não me passou pela cabeça que seria tão extremista essa divisão. Com o surgimento e proliferação das redes sociais, isso ficou claro, insofismável. E ao invés de criar maior responsabilidade por parte dos grandes meios de comunicação e de comentaristas, apenas escancarou a seletividade na divulgação e nas manifestações de opiniões. Se o meio de comunicação é identificado com o PT, pau nos antipetistas, pouco importa se com calúnias, injúrias ou difamações; se for identificado com o AntiPT, ferro nos petistas, sem a menor preocupação com a verdade. E repito o que já escrevi e falei dezenas de vezes: a forma com que petistas e antipetistas estão agindo causa grande mal ao Brasil. Os corruptos petistas são levados “de compadre” pelos simpatizantes do PT e os antipetistas fingem que os corruptos e ladrões estão apenas ligados ao PT e os seus são todos “anjinhos” (até o Bolsonaro tem simpatizantes incondicionais). Este ano se prenuncia como o ano em que essas mentiras deslavadas tenham um paradeiro. Tomara que a polícia federal, o ministério público e a justiça cumpram com o seu dever e, independente do partido ou setor da sociedade a que pertencem os ladrões do Brasil. Empresários – muitos corruptos e também sonegadores -, políticos, funcionários públicos, advogados, contadores, médicos e outros já estão sob investigação e alguns já condenados. O fim definitivo da mentira se dará quando todos foram investigados, denunciados e, se for o caso, condenados igualmente, principalmente sem se olhar suas cores partidárias. Espero que 2016 seja o marco de setores da polícia federal, ministério público e justiça totalmente isentos e apartidários. Será assim? Não sei! Quem viver, verá!