Na tarde da última quinta-feira, 7, o Auditório do Ministério Público de Bento Gonçalves, sediou um encontro de entidades interessadas em tratar sobre as situações que envolvem moradores do residencial Novo Futuro. O encontro foi promovido por solicitação do sindico do Condomínio, Luiz Jardim, especialmente em razão do alto índice de desentendimentos envolvendo adolescentes.

A coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa, Cláudia Refatti Benato iniciou a reunião apresentando o Projeto Restaura-Bento – Pacificação na Comunidade. Conforme o morador do Residencial, João Alberto Ramos, os blocos não possuem mais líderes, pois os antigos desistiram da função, devido à falta de apoio de alguns moradores. “Precisamos de muito de auxílio, principalmente dando continuidade nas atividades propostas, pois muitas pessoas necessitam ser ajudadas para desenvolver hábitos e costumes, especialmente quanto ao espírito de convivência”, disse.

O professor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Vinícius Lousada, ressaltou a importância de retomar os círculos restaurativos com os líderes dos blocos, atividade iniciada pela Central de Práticas Restaurativas Comunitária em 2015, com o intuito de fortalecer as lideranças. “É fundamental conhecermos a realidade e as necessidades da comunidade, ouvindo os próprios moradores”, ressaltou, colocando-se à disposição para desenvolver um projeto preparatório para o vestibular da instituição e para o ingresso dos jovens nos cursos com a comunidade.

Para a secretária de Habitação e Assistência Social (SEMHAS), Adriana Gabbardo, outro ponto importante diz respeito à limpeza e organização do local. “Queremos discutir com os moradores propostas para a melhoria não só estética, mas também e principalmente da qualidade de vida de todos que habitam aquele local”, frisou a Secretária, enfatizando a importância de poder oferecer atividades no contraturno, a fim de ocupar as crianças e adolescentes.

O promotor Élcio Resmini Meneses sugeriu que o grupo mantenha encontros permanentes, ficando definida a segunda quinta-feira de cada mês a data escolhida para as reuniões. “É de suma importância que este trabalho voltado à prevenção da violência seja enaltecido entre as entidades participantes para que seja fortalecido e reconhecido pela comunidade envolvida. Este projeto deve ter cunho emancipatório, fortalecendo a própria comunidade para que participe das ações e dos diálogos”, finalizou.