A expectativa de vida dos brasileiros ao nascer, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu para 75,2 anos em 2014. Os dados foram divulgados no início de dezembro do ano passado. Mas algumas pessoas superam e vão além desta expectativa. Em Bento Gonçalves, de acordo com o censo do IBGE de 2010, existiam apenas 4 pessoas com mais de 100 anos no município. Uma delas é Emilio Felix de Carvalho, morador do Loteamento São Paulo. O seu certificado de reservista data seu nascimento no dia 7 de março do ano de 1916. A família tem outros casos de longevidade. A avó de Emilio faleceu aos 125 anos, já a irmã dele aos 97.

Dono de sorriso encantador, sempre contente e de bem com a vida, o centenário comenta com alegria o segredo da longevidade. “Acredito que é trabalhar bastante”, esclarece. Ele aborda isso pelo seguinte fato: trabalhou por mais de 50 anos e, se pudesse, continuaria efetuando suas atividades. “Sinto falta de trabalhar, estar ocupado”, acrescenta.

Como chegou em Bento

Filho de Joaquim Felix de Carvalho e de Rosaria da Silva, aos 14 anos saiu da cidade de São Joaquim, em Santa Catarina, para morar na Serra Gaúcha. Inicialmente, residiu em Caxias do Sul, após veio para Bento Gonçalves no ano de 1952. Antes de vir para o Rio Grande do Sul trabalhava em uma fazenda. “Quando cheguei aqui, trabalhei como armador de ferro e foi a atividade que exerci até a minha aposentadoria”, lembra.

O idoso comenta que trabalhou em diversas edificações na cidade e região. “Ajudei a construir muitas obras como o prédio da Todeschini e o dos Bombeiros. Também auxiliei a fazer as arquibancadas no campo do Clube Caxias, de Caxias do Sul, entre outros lugares”, relata.

Ele comenta que quando chegou ao município, poucas eram as casas em Bento. “Era o centro e nada mais, mas a cidade já estava se desenvolvendo A rodoviária e a igreja eram uma das poucas coisas que já existiam”, relembra. 

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