Números apresentados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/RS), mostram que dos 129 homicídios registrados seis cidades analisadas, 119 foram nas três maiores cidades da Serra

Dos indicadores apresentados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) do Rio Grande do Sul, relativos às ocorrências policiais em 2019, na tarde de quinta-feira, 9 de janeiro, o número de homicídios ainda preocupa a Serra Gaúcha, em especial, os três maiores municípios. Num levantamento realizado pelo Semanário em 11 municípios da região, em pelo menos seis, houve casos de assassinatos, somando 129 ocorrências. Destas, 119 se concentraram nos municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Farroupilha, representando 92,24% dos casos.

Os números mostram ainda que em Caxias do Sul, foram 59 homicídios e 62 vítimas. Bento registrou 38 casos e 45 mortos. Farroupilha 22 casos e 24 pessoas assassinadas ao longo do ano passado. Os números são ainda maiores, se fossem contabilizadas outras mortes que não estão no relatório da SSP/RS. No entanto, os dados da Secretaria são os únicos considerados oficiais sobre a violência sobre todos 497 municípios do Rio Grande do Sul até o momento.

Em todo o Rio Grande do Sul, foram 1.793 vítimas de homicídio no ano passado, frente às 2.362 registradas em 2018, conforme a atualização da série histórica. Foram 569 óbitos a menos – redução de 24,1%. Com o resultado, considerando a mais recente estimativa de população segundo o IBGE, de 11,37 milhões de moradores no RS, a taxa de homicídios caiu ao menor nível da década, para 15,8 a cada 100 mil habitantes no Estado, uma redução de 24,1%. Em Bento Gonçalves, houve registro de queda de 6,25, na comparação dos anos 2018 e 2019.

Em diversas ocasiões, autoridades policiais afirmaram que a maioria das mortes ocorridas na Capital do Vinho nos últimos cinco anos possuem algum envolvimento com o tráfico de drogas e a guerra de facções. Segundo as autoridades, por ser uma cidade próspera, as facções, antes vistas somente na região metropolitana do estado, chegaram à Capital do Vinho e, ao longo do tempo, conseguiram se organizar, além de possuir forte armamento.