Olá amiguinhos! A vida é bela e cheia da filosofia, não é? O caminho da serenidade espiritual tem sua beleza, mas não posso mentir dizendo que encontraremos só flores. A vida social, por exemplo, poderia ser mais simples e prazerosa. Mas não. Se vocês não sofreram bullying na escola quando eram crianças, não se preocupem, pois haverá bastante tempo para isso.
Na vida passamos por muitas situações desagradáveis que quase sempre são geradas por pessoas antipáticas e mal resolvidas. Chamarei de bullying da vida adulta.
Sabe quando você sai com amigos e encontra os amigos dos teus amigos? O que acontece muitas vezes é que essas pessoas que você não tem muita intimidade te cumprimentam ligeiramente, sem olhar direito para você, e fingem pelo resto do evento que você não existe. Elas e os seus amigos conversam sobre todas as coisas que você não pode nem opinar, pois os assuntos são sempre sobre pessoas que você não conhece e lembranças que elas têm em comum. Os teus amigos até tentam se desvencilhar para dar atenção a você, porque ele percebe a situação, mas o inimigo insiste em chamá-lo para falar da infância aventureira que os dois tiveram. Então você fica se sentindo um estrangeiro que acabou de se mudar, sendo que você nasceu no Hospital Tacchini e passou as férias do colégio na oficina do Sesc. E o melhor é quando a pessoa faz uma pergunta de tabela para você, na sua frente:
– Ela é daqui?
Eu já tentei entender o que elas pensam quando fazem isso, mas juro que não achei uma resposta plausível. Não sei se ela acha que você não fala português, se você não fala ou que tem algum retardo mental. Alguém aí sabe a resposta?
Outra situação é quando você entra em uma loja que não é exatamente o seu perfil. Você guardou dinheiro e/ou está super a fim de comprar uma roupa diferente. Mas eu por exemplo, sou daquelas que não se arruma pra fazer compras, geralmente estou na folga do trabalho ou a passeio num sábado. Aí você entra na loja e o vendedor acha que você “está só dando uma olhadinha”. Não que seja motivo, mas ele te trata de mal a pior por causa disso. Mas o arrependimento não brinca em serviço, meus amigos, e logo ele bate quando você compra e paga à vista, a peça que ele menos imaginou. Pena que é tarde demais e você nunca mais voltará.
Não se desespere, que as opções não acabaram: você pode sofrer bullying no trabalho também! Quando você não é um dos funcionários queridos e que puxam o saco, você tende a ser excluído gradativamente e você vai perdendo a razão numa velocidade aterrorizante. Não adianta curso superior, pós, experiência, nem ler bola de cristal, você sempre vai estar errado. Ou então quando você ganha um novo gerente de setor e ele não vai com a sua cara de primeira, aí sim, seus dias de calmaria logo irão acabar. Mas às vezes não acho isso ruim, porque grandes profissionais que sofrem com esse tipo de atitude geralmente saem da empresa para abrir o próprio negócio ou para ter um emprego bem melhor.
Preciso renovar minha cota de paciência com a humanidade, mas enquanto isso, vamos compartilhar situações que vivenciamos e/ou presenciamos e que, apesar de serem chatas, não devemos nos deixar abater por elas, até porque, deixando claro que são situações esporádicas e não vamos generalizar nada nem ninguém!
Voltando à acidez do dia, moral da história: a vida é uma eterna 6ª série do ensino fundamental.