O presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de manter o valor de R$ 600 nas duas possíveis novas parcelas do auxílio emergencial que seguem em análise com a equipe do Ministério da Economia. A informação foi confirmada pelo presidente na noite de quinta-feira, 11, durante sua live semanal nas redes sociais. De acordo com Bolsonaro, se os valores forem mantidos, há possibilidade de descontrole no endividamento das contas públicas.

Durante a transmissão, Bolsonaro explicou que a hipótese de pagamento de novas parcelas já está em avançada discussão com o ministro Paulo Guedes. No entanto, ainda não há um valor definido, pois, segundo o presidente, é necessária análise apara não extrapolar a capacidade de endividamento do país. “A gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões. Se nós nos endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividamento. Estamos com a taxa Selic [taxa básica de juros da economia] a 3%, o juro a longo prazo baixou bastante, se nós não tivermos cuidado a Selic pode subir. Cada vez mais o que produzirmos de riqueza vai para pagar dívidas”, explicou.

Bolsonaro disse ainda que na próxima semana, o governo deverá divulgar o calendário da terceira e última parcela prevista de R$ 600 para o auxílio emergencial. Segundo o presidente, o governo estima que gastos com o auxílio emergencial, mais as despesas de saúde e o socorro a estados e municípios, entre outras iniciativas, o Tesouro Nacional já tenha gasto R$ 1 trilhão.

Foto: Marcello Casal JR / Agência Brasil / Divulgação