Volta ao Centro

Voltei ao Centro neste domingo. Desta vez de bici com minha filha caçula. Poucas pessoas, muito poucas. Paramos junto a camelôs ambulantes, pareciam haitianos, DVDs, relógios, essas coisas que fazem a gente parar, me lembrei, olhando aqueles relogiões de um camelô, de Pisa, na Itália. Ele queria me vender um “cartier” por 100 dólares. Brinquei com ele se era verdadeiro ele me respondeu que daria de brinde seu automóvel, deduzi que vendia muito, só não vendeu pra mim, apesar da insistência. Mas voltemos ao Centro. Em frente ao Shopping Bento reparei o belíssimo prédio histórico, construído em 1913, com placas penduradas e carente de melhor conservação. Me lembrei do Solar dos Monaco, ali na Saldanha Marinho, residência que foi construída para o Dr. Tacchini, onde residiu ao retornar da Itália. A sala de sinuca tinha 60 metros quadrados, entrei lá só uma vez para espiar. O Solar deu lugar ao edifício Galeria Solar, sua demolição foi um dos grandes erros históricos pelo seu não tombamento. Na volta tive que conduzir, a pé, as crianças são uns amores mesmo cansadas, as duas bicicletas pela deserta Julio de Castilhos, não sem antes entrar numa farmácia onde fiz cadastro e recebi o cartão na hora pois obtive um desconto de 20%, e acumulando compras, os descontos podem chegar a 30%, ai fiquei imaginado o lucro ou os milagres da concorrência. Queria falar mais sobre a manutenção de prédios históricos. Tem coisa mais ridícula do que manter de pé só a parede da frente do prédio e dizer que se preservou a história? É só ir a Pelotas e ver como se faz unir o histórico e o moderno.

Foto: Arquivo