Calamidade pública

Bento tem uma série de problemas estruturais que vão passando de prefeito em prefeito sem soluções. Nossa capacidade de investimentos em infraestrutura é mínimo. O prefeito Pasin terá que fazer um esforço enorme para iniciar este processo. Enquanto isso não ocorre, qualquer chuvarada é perigo em qualquer via pública em canalização adequada, em bairros de construções permitidas à revelia de licenciamentos, coisas desse gênero. Destelhamento de casas correm por conta de cada um, telhados precários feitos de forma artesanal sem levar em conta detalhes técnicos. E não se diga que a coisa parou, continua, construções sem licenciamentos, falta de fiscalização em construções, falta de atendimento eficiente diante de denúncias, assim mesmo. Estamos propensos, e muito, a desgraças, mas daí a declarar estado de calamidade pública no município é demais. Calamidade pública foi a do Rio, São Paulo, São Sebastião do Caí, situações graves até hoje não resolvidas, mesmo diante de decretos de calamidade, mortes. Se Bento teve calamidade, nesses locais o que houve, Apocalipse?

 

Dinheiro

Dez milhões de reais é o quanto um empresário do ramo imobiliário vai gastar para construir sua casa no Vale dos Vinhedos.

Cavalgada do mar

Ter um cavalo é coisa muito delicada. Requer fino trato, carinho e muitas atenções. E é caro ter um cavalo, além de precisar ter muito tempo para se dedicar e curtir o animal, ou dinheiro para deixá-lo aos cuidados de alguém e só dispor dele para montaria. Nessa cavalgada do mar, que é feita anualmente no verão, muitos acidentes aconteceram, muita gente sabe pouco de cavalos e muita gente anda de cavalo emprestado. O bom da cavalgada é, sem dúvida, as paradas (técnicas?) onde rola muita animação, fandango, trago, churrasco gordo e… bem aí fica por conta da imaginação e possibilidades de cada um. É um cultivo da tradição quer dizer, mais ou menos, pois os farrapos não cavalgavam por prazer, mas sim pela guerra e pela lide no campo que era duro de encarar. Meu avô tinha uma mula, que de vez em quando empacava mas ele com jeitinho fazia ela obedecer, ele dizia que “a mula é dócil, obediente, compreensiva, não reclama (bem, chega!) ao contrário do cavalo”. Moral da história, como transformar a cavalgada do mar em patrimônio cultural do estado? De onde é que desarquivam esta ideia estapafúrdia sustentada pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo?
Quando eu era pequeno tinha um cavalo de madeira, miniatura do cavalo de Tróia, agarrado nas orelhas eu embalava na base do “upa, upa, cavalinho”. Também sempre gostei de cavalos, tenho o maior respeito pelos cavaleiros. Como diz o Portaluppi, o técnico.

 

 

Foto: Fernando Levinski/Jornal Semanário