Não é demais?

Um assessor (aquele que faz um pouco de tudo) legislativo de vereador da Câmara de Bento recebe o vencimento mensal de R$ 3,7 mil mais R$ 300 de vale-alimentação, para jornada de oito horas de trabalho. Os médicos cubanos vão ganhar no Brasil R$ 5 mil, a família deles ganha em Cuba mais de R$ 1 mil e a diferença destes R$ 5 mil, ou seja, R$ 3,5 mil vai do governo brasileiro para o governo cubano, que está lá “mal chapa”. Tem qualquer coisa errada nisso tudo ou não me chamo Henrique Alfredo. Por outro lado, eu não entendo como não tem fila na Câmara de Vereadores, não para ganhar os quase R$ 9 mil que ganha um vereador, pois precisaria ser eleito, mas para ser assessor legislativo, cargo que não precisa curso superior e nem qualificação, apenas que cumpra suas funções a contento do edil. Diga-se, por justiça, que não são todos os vereadores que tem assessor legislativo. Se o governo de Cuba permitisse vocês não acham que teria fila de médicos na porta da Câmara?

O povo paga

Minhas afirmações são baseadas em estatísticas publicadas: 80% do transporte de bens do país é feito pela malha rodoviária, que é deficiente, carente, cheia de perigos e de assaltantes decorrendo daí o fato de carência de 100 mil motoristas que estão sendo procurados pelas empresas transportadoras. Observem que, há pouco mais de cinco anos, o número de caminhões, aí entra o rebite, a falta de qualificação profissional, a necessidade de entrega rápida das mercadorias, necessidade de mais e mais caminhões na entrega pois, incrível, um país que tem a costa navegável que temos não tem transporte de cabotagem, ou seja, transporte pelo mar. E não temos também ferrovias que transportem nossas riquezas. Quer dizer, estamos atrasados, muito atrasados e ouve-se falar só em obras da Copa do Mundo, não nas obras de infraestrutura que o país precisa. Lamentável e desesperador porque, o custo do transporte é o povo que paga, vai embutido no custo final da mercadoria.

O Tribunal é culpado

A presidente Dilma expressou, nesta sexta-feira, 8, sua indignação sobre a sugestão de paralisação das obras da rodovia do parque, esta que vai de Esteio a Porto Alegre, e desemboca ali na Arena do Grêmio, cuja inauguração está prevista para 14 de dezembro. O Tribunal de Contas da União (TCU) quer a paralisação das obras até ser explicado, pelas construtoras, um custo maior da obra asfáltica, algo em torno de R$ 90 milhões do valor orçado. Dilma diz que é um absurdo parar a obra. Mas então se faz o que, paga-se os R$ 90 milhões a mais sem explicação e pronto? Para que serve o Tribunal de Contas? Ele tem culpa da obra ter sido feita de última hora? Porque o governo não fiscalizou o cronograma de execução através de uma severa fiscalização? Vamos combinar, essa obra é importantíssima para Bento mas, como bom brasileiro, eu posso ficar mais um verão na tranqueira daquele trânsito de Canoas, mas quero as coisas passadas a limpo e no campo da moralidade na execução dos serviços públicos, ou seja, que expliquem os R$ 90 milhões.