Prêmio pode trazer alegria para aqueles que ganharam, mas trazem golpes para outros

Na última quarta-feira de noite, 01 de setembro, uma lotérica na cidade de Bento Gonçalves teve um bilhete Federal premiado e recebeu o prêmio principal de R$ 500 mil, que é concorrido e sorteado em todo território nacional. O bilhete, na verdade, funciona como uma espécie de rifa, em que cada um pode ser dividido em até dez partes. Logo, se dez pessoas compraram o mesmo ticket, o valor da recompensa fica em R$ 50 mil para cada.

O dono da lotérica no shopping L’America, de onde veio o sorteio vencedor, Diego Kozowski, diz que a última vez que a cidade tinha ganhado esse tipo de premiação foi em agosto de 2017.

Como isso pode se tornar golpe?

É bastante comum as pessoas já terem ouvido falar do golpe do bilhete premiado. Ele consiste em um criminoso, que diz possuir o número premiado na última Loteria Federal, mas que não consegue retirar o valor da premiação ou não tem tempo para fazer o processo necessário.

Com esse discurso, eles abordam alguém, normalmente pelas ruas de um local movimentado, buscando convencer pessoas a depositarem uma quantia, em troca desse bilhete que, hipoteticamente, foi sorteado para receber um valor grande em dinheiro. Após a vítima ser convencida a realizar um depósito, transferência ou pix, o meliante dá um jeito de rapidamente sair do local para que evite ser pego.

Com a chegada desse novo prêmio para Bento, as pessoas devem redobrar seus cuidados com indivíduos que chegam de repente ofertando algo que seja premiado. Kozowski relembra ocasião em que, pelas câmeras de sua lotérica, conseguiu ver duas pessoas chegando a porta do local, mas somente uma entrou, pediu os números que foram sorteados e levou-os àquele parado a porta.

Depois, familiares da vítima disseram que ele foi enganado, pois no papel impresso pela lotérica com os números sorteados, tem a data e horário do momento. O proprietário da unidade atenta que isso é operação padrão e papel algum justificaria que ele fosse o correto.

Ele reforça que a operação pela Caixa, para retirar valores altos em prêmio, é algo simples e não demorado. Logo, essa história dos criminosos de não terem tempo ou documentação para retirar o dinheiro é invenção para confundir as vítimas. “Não dê papo na rua para quando alguém chegar falando sobre assunto de lotérica ou bilhete premiado, já vai saindo e não dê bola. Não existe dinheiro fácil” enfatiza.