No século 19 o panorama da Europa era uma Itália que não era um país, mas uma colcha mal costurada de cidades-Estados, províncias, ducados e terras ocupadas por potências estrangeiras. Nesse período ocorre uma sincronicidade histórica entre Brasil e Itália.

A partir da invasão napoleônica da península, começa a tomar corpo um revoltado sentimento nacional. Como é de conhecimento, até a unificação em 1870, a maior parte da península estava ocupada por militares do império austríaco, que, entre outras intromissões políticas, econômicas e culturais erguiam odiosas barreiras alfandegarias para controle do tráfico de pessoas e mercadorias entre várias províncias. Os habitantes rurais destas regiões caracterizavam-se por um forte apego emocional ao solo, ao vilarejo, à pequena propriedade da qual provinha seu sustento à família. Mas, a situação política vigente dificultava a sua identificação nacional, porque para deslocar-se de uma a outra região era preciso passar por uma alfândega e apresentar passaporte. A Itália não era um país, nas oitenta cidades-estados autônomas, muitas delas herdeiras de um esplendoroso apogeu renascentista.

É neste cenário de narrativa que nos leva ao passado, onde os primeiros povoadores do nosso progressista município, partiram em busca do um NOVO MUNDO.

Em 1870, os lotes rurais foram traçados por agrimensores e divididos em linhas e travessões. Os povoadores chegaram cheios de esperança induzidos por uma propaganda enganosa e com falsas promessas. A terra prometida não era o que eles esperavam encontrar.

Somente após 20 anos de trabalho e provarem que sabiam trabalhar a terra e que suas habilidades faziam crescer a região, com a agricultura, os gêneros alimentícios e a arte de serem bons agricultores e construtores capazes de transformarem a selva em progresso e prosperidade. Com esta aprovação, receberam o título definitivo, como proprietário do lote rural. Sob hipótese nenhuma receberam de graça a terra. Tiveram que pagar e provar que sabiam trabalhar e fazer prosperar a terra.
Assim trabalharam com muita fé e muito sofrimento, conseguiram progredir e graças à ajuda mútua, fizeram surgir pequenos grupos e deles as comunidades que juntos instalaram o Município, em 11 de outubro de 1890. Antes de ser município, era 0 4º Distrito de Montenegro, com o nome de ” Colônia Dona Isabel.”

Pelo Acto nº 474 de 11 de outubro de 1890, passa a ser oficialmente, o município com o nome de Bento Gonçalves, em homenagem ao chefe da Revolução Farroupilha. O seu primeiro Intendente (prefeito) foi o Coronel Antonio Joaquim Marques de Carvalho Junior.

Até 1920 o município permaneceu estacionário, porém com a estrada de ferro em 1919, chegou também a evolução econômica. Em 1925, nos anos 50 da chegada dos imigrantes Italianos, as comemorações foram levadas para a Itália, mostrando o progresso e o desenvolvimento.

Em 1967, um grande impulso renovador. A Primeira Festa Nacional do Vinho. A primeira vez que um presidente da República nos visitou. E a partir deste ano tudo se mobilizou e evoluiu. Temos um marco: do Antes e Depois da FENAVINHO.
HOJE 126 ANOS, abraçamos todos que ajudaram a construir o que somos. Todos estamos de parabéns por morar num município formado por pessoas de GRANDES VALORES.

VAMOS continuar construindo a HISTÓRIA do nosso MUNICÍPIO com muita PAZ e muito TRABALHO.