A barragem de São Miguel, grande provedora de água de Bento Gonçalves, – responsável por abastecer em torno de 80% do município – já está cinco metros abaixo do nível de extravasamento, consequência de aproximadamente três meses sem registros de chuvas consideráveis.

Se a situação se prolongar pelo próximo mês, existe a possibilidade de os moradores da cidade precisarem conviver com o racionamento de água. Quem confirma a situação é o Gerente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Marciano Dal Pizzol.

De acordo com o gerente, para que a barragem retorno ao nível normal, o ideal é que chova, no mínimo, 100 milímetros no mês de maio. “Mesmo que não chova essa quantidade, pode ser que não tenhamos o racionamento devido ao volume que chover, mas se de fato não houver chuvas durante o próximo mês, a gente pode sim ter que racionar”, afirma.

Em caso de racionamento, de acordo com Dal Pizzol, será feito um cronograma para atender os bairros. Entretanto, os serviços essenciais ficam de fora. “Temos que dar prioridade para alguns locais, como os hospitais, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), postos de saúde”, explica.

Embora o Arroio Barracão não seja a principal fonte da cidade, Dall Pizzol acrescenta que está sendo finalizado um trabalho de desassoreamento do arroio para aumentar o volume de água a ser captado no local. “Conseguimos baixar o nível da superfície em torno de dois metros em alguns pontos. Com isso, com a chuva, pode aumentar o volume de água do Barracão e com certeza aumenta a qualidade da água captada no arroio”, destaca.