Desde a confirmação da gravidez, nenhum episódio é capaz de chamar mais atenção do que a saúde do bebê prestes a chegar. Os cuidados necessários para o desenvolvimento da criança despertam o interesse como nenhum outro assunto, e a mãe faz de tudo para garantir que o bebê passe os dias longe de infecções e alergias. Felizmente, a melhor proteção para o bebê está, justamente, nas mãos da mãe: crianças que recebem leite materno como alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida são mais resistentes a infecções, alergias, doenças e até mesmo complicações mais simples, como a cólica e o estresse. A amamentação, de tão importante, tem até semana especial no calendário: o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) promovem do dia 1 ao dia 7 de agosto a Semana Mundial da Amamentação, lembrando o quanto o leite materno pode fazer diferença na vida da criança, estimulando as mães a praticarem esse gesto de amor.

Fortalece a imunidade

O leite materno possui um importante papel na imunidade dos bebês, pois contém células de defesa e fatores anti-infecciosos capazes de proteger o organismo do recém-nascido. As infecções comuns dos primeiros seis meses, como a otite, afetam menos as crianças que são amamentadas.

Melhor alimento para o intestino

Pediatras explicam que o leite humano contém enzimas já conhecidas pelo organismo da criança. Os componentes do leite de vaca ou leites artificiais são estranhos para o bebê e, por isso, podem causar alergias intestinais e deficiência de ferro. Crianças que mamam no peito podem inclusive ficar até oito dias sem evacuar, justamente porque todos os componentes do leite materno são aproveitamos pelo organismo, não havendo necessidade de evacuação.

Diminui o risco de alergias

Um estudo publicado revelou que bebês alimentados exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida, têm menos chances de desenvolver sintomas de asma na infância, como chiados no peito e catarro persistente. Outra pesquisa, descobriu que crianças que foram amamentadas por pelo menos quatro meses tinham um funcionamento melhor dos pulmões.

O esforço do bebê para sugar o leite ajuda no desenvolvimento dos pulmões, fortalecendo o órgão contra alergias. Outros estudos mostram que as alergias começam no primeiro ano de vida, e quase sempre estão associadas à proteína do leite de vaca. O leite de vaca está associado a irritações no organismo no bebê, podendo levar ao surgimento de dermatite, rinite, sinusite, bronquite asmática e amigdalite.

Evita cólicas

A grande razão para o leite materno prevenir cólicas no bebê são as proteínas presentes em sua composição. Existem dois tipos de proteínas: as de difícil digestão (caseínas), e as de fácil digestão (globulinas). O leite de vaca tem muito mais proteínas do que o leite materno, porém a proteína que o leite de vaca tem é basicamente caseína, e o leite humano é constituído de globulinas. Por conter esse tipo de proteína, o leite materno não fermenta tanto para ser digerido, produzindo menos gases e evitando as cólicas. Outro fator para cólicas é a ingestão de ar pelo bebê, que é muito maior com a mamadeira do que no peito.

Previne doenças futuras

Ao usar a mamadeira para alimentar seu filho, você está retirando a primeira parte da digestão do alimento, que fica na boca. A mamadeira faz com que o leite vá direto para a garganta do bebê, comprometendo tanto o processo digestivo quanto de saciedade. Isso fará com que a criança coma mais do que o necessário e ela tenha predisposição ao acúmulo de gordura. Segundo o especialista, mesmo o leite materno, quando oferecido na mamadeira, pode favorecer esses problemas.

Além disso, a quantidade de sódio, potássio, magnésio e proteínas presente nos outros leites é maior que no leite da mãe, fator que pode sobrecarregar o sistema da criança, causando alterações no processo de digestão e favorecendo o surgimento de doenças no futuro, como síndrome metabólica, obesidade, diabetes, hipertensão e doença celíaca.

Fonte: abcdasaude.com.br