Cuidar do bebê após o nascimento não é um dever só da mãe. Embora a licença paternidade não seja tão popular quanto a licença maternidade, ela é importante e ajuda a estreitar os laços entre pai e filho. Sendo assim, os pais agora terão seus dias de dispensa ampliados. A presidente Dilma Rousseff sancionou o Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016). E uma das inovações da norma é a extensão da licença paternidade de cinco para 20 dias. No entanto, ela só é válida para os pais que trabalham em empresas inscritas no Programa Empresa-Cidadã.

Além disso, os empregados terão direito, também, a até dois dias para acompanhamento de consultas médicas e exames complementares durante a gravidez de sua esposa. De acordo com a psicóloga Mônica Vagliati poucos pais estão cientes destes benefícios, porém é de extrema importância a figura paterna nas primeiras experiências de vida da criança. “Para o bebê os dias iniciais são importantes a fim de estabelecer vínculos afetivos mais profundos. É uma adaptação de toda a família e do bebê a um mundo novo, uma historia nova e uma reestruturação familiar. Nesse momento, o mundo é explorado pela voz, cheiro e toques. Desta forma, o desenvolvimento neuropsicomotor do bebe tende a ser mais saudável”, explica. A presença do pai junto da mãe, proporciona uma oportunidade de participar e exercer um papel importante na família. “Com uma licença reduzida a cinco dias, poucos pais conseguem acompanhar a primeira consulta do bebê ao pediatra após a alta, por exemplo”, declara a psicóloga.

Outro ponto destacado pela profissional é o fato de que a mãe concentra a maior carga de responsabilidade sobre a criança. “A mulher traz consigo os cuidados iniciais ao bebê, por isso ter o marido presente é um suporte fundamental”, argumenta.

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